A morte de Lampião, Rei do cangaço
1 de fevereiro de 2014 / 1 ComentárioLampião julgava-se imbatível. Também, pudera, tinha escapado de mil e uma emboscadas.
Resolveu instalar-se em Angico. Uma breve pausa nas suas escaramuças.
Corisco havia-lhe avisado que Angico parecia uma cova para uma sepultura, mas, cabra macho como ele só, vai temer o quê?
Lampião confiava em si, nas suas armas, sua bravura e achava que nunca seria pego.
É perigoso confiar em si, achar que nunca será punido, que a mão do Justo Juiz nunca irá alcançá-lo. Infelizmente, é assim que muitos vivem, agarrando-se em uma falsa segurança.
A Bíblia diz: “Quando disserem agora há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição”
Andar neste mundo sem temer o juízo divino, é uma loucura, é a maior insensatez. Mas é assim, que o homem vive. Pequenos contratempos, enfermidades, acidentes, não abalam a confiança do homem em si mesmo. Não conseguem perceber que os desarranjos de hoje anunciam um juízo que está chegando.
Não percebem que na pedra do caminho há uma escrita – “Lembra-te do teu Criador”.
Andam de acordo com suas vaidades, desejos e paixões, sem nenhum temor, aliás, até zombam de Deus.
Estão seguros de si, Angico é seu refugio.
A volante do capitão Bezerra se aproxima, juriti assustado alça seu voo, o acauã chora um gemido triste, a tropa silenciosa, rifles em riste, pronta para tudo dizimar se aproxima. Lampião descansa, mas a insensatez não perdoa, a imprudência cobra um preço alto aos faltos de sabedoria.
Seguidas rajadas de metralhas fazem tremer o solo seco e morto.
Agora, tudo é silêncio no sertão.
O Jornaleiro
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A MORTE DE LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO