Publicado em 30 de maio de 2023
“Este livro trata sobre a santificação – o processo pelo qual o Espirito Santo conforma a vida de um crente à vontade de Deus”. Editora Monergismo. Autor: Horatius Bonar (1808-1889).
Dentro do nosso blog, estamos abrindo uma coluna intitulada: “O que estou lendo”, com a finalidade de divulgar textos de destaque em obras que estamos estudando.
Desta obra iremos destacar, “ipsis litteris”, trechos de duas páginas.
a) Página 22:
“Os aspectos da verdade que apontam para o céu e para a terra devem ser cuidadosamente distinguidos – é um se ajustando ao outro, um correspondendo ao outro. Deus possui soberania absoluta: este é um lado da questão. O homem possui vontade própria, ou seja, ele não é uma máquina ou pedra: este é outro lado da questão. Deus escolhe e atrai para si de acordo com sua soberana vontade; todavia ele não impede o homem de vir e decidir. Deus é o doador da fé, todavia, a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Cristo. (Romanos 10.17). Deus é quem opera em nós tanto o querer como o realizar, todavia Ele nos ordena a desenvolvermos a nossa salvação com temor e tremor (Fel. 1.12-13). É Deus quem nos santifica, todavia é por meio da verdade que somos santificados (Jo. 17.17). É Deus quem nos purifica (Tt. 2.14), todavia é pela fé que o nosso coração é purificado (At. 15.9). É Deus quem nos enche de alegria e paz, todavia estas nos vêm pelo crer.”
“Esta dualidade é a chave para a solução de muitas difíceis controvérsias. As volições do intelecto humano não são substituídas por Deus, mas são tomadas e reguladas, o próprio intelecto não é subjugado nem forçado, mas permanece livre para realizar sua própria obra.”
b) Página 72:
“Sim, a cruz sara. Ela possui a dupla virtude de destruir o pecado e dinamizar a santidade. Ela faz definhar todos os frutos da carne, enquanto vitaliza e sazona o fruto do Espírito, ou seja: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” Gl. 5.22-23). Através deste fruto a ferida da alma não é curada superficialmente (Jf. 6.14), mas real e radicalmente. A cruz age como o fresco bálsamo que suaviza como a brisa do sul que sopra sobre alguém cuja vida a fria humidade debilitou. Ela gera em nossas faculdades novas matizes e nova energia, nova tendências e nova meta para todos os nossos propósitos e uma nova sublimidade para todas as nossas esperanças e aspirações. Ela frustra a morte, mortifica nos nossos membros terrenos, crucifica nossa carne com suas paixões e concupiscências.”
“Assim, mirando continuamente a cruz, cada dia, desde o princípio, somos conscientizados da restauração da suade de nossa alma: o mal perde a sua influência, enquanto que o bem se fortalece e amadurece.”
O JORNALEIRO
30.mai.23