AUTORIDADE E PODER

27 de junho de 2023 / 0 Comentários

Autoridade e Poder 2Há uma ligação inseparável entre autoridade e poder, um não existe sem o outro. A princípio poderíamos dizer que a causa é a autoridade, a consequência é o poder.

Mas pode existir poder sem autoridade? É uma anomalia, mas existe.

Primeiro examinemos o que é autoridade. As pessoas que moravam na Palestina reconheciam que ele, Jesus, falava com autoridade. Sua fala era diferente da dos escribas, que eram derivadas, não eram originais. Apoiavam-se em ensinos de outras pessoas, como por exemplo, as tradições rabínicas.

A palavra de Jesus era original, não derivada, não se apoiava em ensinos elaborados pelos homens, doutores da lei ou fariseus. Os ensinos de Jesus saíam da fonte, o Pai celestial. Só saíam da fonte porque Jesus vivia em estrita obediência à vontade divina.

A sua vida, como resultante da palavra de Deus, era pura, sem pecado. Ele não era somente o Verbo porque filho de Deus, mas verbo, palavra, porque estava totalmente submisso à voz do céu que vinha para o seu coração.

Os céus estavam abertos e tudo o que lá estava descia para ele, de forma que o seu cálice transbordava, dos seus lábios saiam os mais puros ensinamentos e as mais sublimes verdades, exaladas por uma vida de pura santidade.

Eis o que é autoridade.

Para termos autoridade precisamos viver a palavra em sua inteireza e profundidade, ensino e pratica, narrativa e comportamento, perfeitamente ajustados sem nenhuma mácula ou desvio.

Disto resulta o poder – de se tornar pobre, humilde, simples, puro, verdadeiro, obediente como ele. Qualquer poder que não esteja alicerçado nestas verdades não é de Deus.

Línguas, curas, operação de milagres e maravilhas, carismas de toda sorte, multiplicação de pães, andar sobre as águas, sem a vida correspondente à revelada e demonstrada por Jesus não procede da fonte, não desce do céu. É da terra, dos homens ou dos demônios, menos de Deus.

“Senhor, não profetizamos em teu nome, não fizemos milagres, não expulsamos demônios? Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. (Mateus 7:22 e 23)

Eis um exemplo da pessoa ter poder, mas não autoridade. Porém, sempre que a pessoa tiver autoridade ela terá poder. Pode não ter dons de cura, milagres, e outros, mas terá poder, porque terá vitória sobre suas paixões e sobre as trevas que a rodeiam.

Na verdade, a autoridade traz unção espiritual para as nossas vidas, onde Deus compartilha conosco sabedoria, misericórdia, amor e isto é poder, poder espiritual.

A autoridade não vem de nós, mas vem do alto, do Pai das Luzes, de onde vem todo dom perfeito. Dentro desta perspectiva devemos nos concentrar mais na autoridade do que no poder, mas geralmente fazemos o contrário.

Ela advém da prática da palavra, de uma ortodoxia viva, como Jesus nos ensina: “Se vós estiverdes em mim e minhas palavras estiverem em vós…”

Podemos dizer, diante do exposto, que existe um poder legítimo e um ilegítimo. O que advém da autoridade e o que advém da iniquidade. Aqui quero analisar as palavras de Jesus aos que exerciam um poder ilegítimo de curar e operar maravilhas: “Apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade”. Teria a iniquidade poder de executar maravilhas?

Sim, porque ela se origina nas trevas. Enquanto a autoridade é originária da fonte inesgotável que é Deus, a iniquidade vem de fonte maligna, da antiga serpente, enganadora e fatal.

Do que afirmamos, você pode imaginar que perigo correm os incautos, os que imaginam que o diabo transformado em anjo de luz é anjo e não demônio? E hoje com todo aparato tecnológico a serviço das trevas quanto perigo corremos! “Sinais que, se possível fosse, enganariam os próprios escolhidos”.

Só a velha palavra, a velha história, contada de geração em geração de fiéis que apenas se apoiam na palavra revelada, a Bíblia Sagrada, pode nos livrar do presente século mal e nos tornar inabaláveis até a vinda da do Nosso Senhor Jesus Cristo.

O JORNALEIRO
27.JUN.23

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