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POLÍTICA CEGA

Publicado em 24 de julho de 2017

politica cegaA mídia noticiou o apoio de alguns partidos brasileiros ao regime bolivariano da Venezuela presidido por Nicolas Maduro. A população daquele país sofre com a falta de alimentos, produtos higiênicos e até remédios.

Ignorar esses fatos e fechar os olhos para a realidade apenas para defender uma ideologia é algo muito preocupante, principalmente porque esses partidos abrigam parlamentares que certamente estarão concorrendo a futuras eleições.

Esse gesto inconsequente seria um suicídio político caso nosso povo procurasse ser bem esclarecido, estando plugado no que está acontecendo à sua volta, mas…

Consta que Spurgeon dizia que um pregador precisa estar com a Bíblia e um jornal sempre à mão. A prédica não pode dissociar-se da realidade.

O famoso padre Antônio Vieira tinha posições claras sobre a situação política da época, e Savanarola foi queimado na fogueira por falar a verdade sobre o que acontecia na sociedade fiorentina.

O voto é a arma que o cidadão tem para purgar o parlamento, colocando ali homens equilibrados, honestos, com espírito público, preocupados em servir a nação, e não simplesmente enriquecer.

Sei que é difícil encontrar alguém assim, mas não percamos a esperança e vamos evitar aqueles que se mostram mais radicais, os que são declaradamente corruptos, e os que combatem a fé.

Para sermos criteriosos precisamos estar atentos ao que acontece e alertar o nosso povo, esclarecê-lo quanto aos desvios manifestos em candidatos que postulam um cargo público, mas que não demonstram o mínimo de bom senso e honradez.

Não entremos nessa briga de direita e esquerda, em que quem está na direita chama todos os demais de esquerda e vice-versa, porque a polarização fanática impede que se busquem alternativas viáveis para as melhores práticas de políticas públicas.

Quando uma liderança partidária expressa algo que foge do razoável, deve ser contestada pelos seus correligionários que imediatamente devem corrigir sua postura. No entanto, se falta o senso crítico, é sinal que a cegueira é geral.

O cristão deve ser um pensador, pois medita na palavra de dia e de noite. Mas, além disso, deve ser um bom leitor de tudo que acontece à sua volta para não viver alienado da realidade.

Não é o caso de nos tornar engajados politicamente, mas como agentes de formação e informação, precisamos estar atualizados para não permitir que nosso povo ande à deriva, sem opções de escolha, abdicando do direito de, como cidadão, participar do destino de nosso país.

Getúlio Vargas é uma inspiração para os movimentos sociais que buscam espaço e melhores condições de vida. A ele se atribui a nossa CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas. Ele não abraçou nenhuma tese radical e foi contra os países do eixo, na segunda guerra mundial.

Dentro do nosso dever de opinar, cremos que foi no mínimo equivocada a posição do PT e sua presidente em apoiar o regime bolivariano presidido por Nicolas Maduro, ignorando o sofrimento do povo venezuelano.

Devemos incentivar o diálogo, abrir mão de direitos, e buscar sempre a paz, e não a guerra. Creio ser essa a postura de um cristão.

É o momento de sermos olheiros – expressão cunhada do jargão futebolístico –, e selecionarmos aqueles que possuem melhor perfil para frequentar a casa do povo, como é chamada a Câmara e o Senado.

Desta tribuna, estaremos fazendo a nossa parte.

O JORNALEIRO
24/07/2017

ANJO DE BARRO

Publicado em 22 de julho de 2017

Anjo de barroNos arraiais evangélicos, é costume chamar o pastor de anjo porque nas visões do apóstolo João em Apocalipse – mais precisamente, nas cartas às igrejas –, usa-se a seguinte expressão: “dize ao anjo da igreja que está em…”, e a palavra anjo refere-se a pastores.

Temos que atentar, entretanto, que esta carta contém inúmeras figuras de linguagem, entre as quais a expressão “anjo da igreja”.

Precisamos entender que a figura é uma metáfora que precisa ser interpretada restritivamente, procurando o que há de comum entre um anjo e um pastor.

O anjo é um mensageiro, e só nesse sentido é que ele é comparado ao pastor. Portanto, expressando-nos pedagogicamente, o pastor só tem uma característica angelical: a de ter uma mensagem para transmitir.

Assim sendo, ele não tem nada de especial a lhe conferir um status diferenciado dentro da igreja, e não pode se achar no direito de se considerar superior a qualquer membro da família espiritual.

Pelo contrário, se ele quer servir bem ao rebanho, deve se considerar o menor de todos, já que isto é ensinado de forma plena nas escrituras.

Confesso me sentir desconfortável quando me chamam de anjo da igreja porque geralmente o sentido que é emprestado a esta expressão pela coletividade evangélica não tem nada a ver com o sentido que a Palavra lhe outorga neste texto de Apocalipse – a de simples mensageiro.

Há pastores que cultivam um alto apreço a si mesmos e incentivam os irmãos a tratá-los como se fossem verdadeiros reizinhos dentro da igreja. Muitas vezes atribuindo a si próprios a última palavra, tornando-se verdadeiros “magister dixit”.

Reconheço pessoas a quem sirvo em minha comunidade espiritual, mais qualificadas, de caráter mais exuberante, e muito mais dedicadas do que eu. Só tenho uma explicação para isso – Deus escolheu as coisas fracas para confundir as fortes – e isto visando a que a glória seja dada exclusivamente a Ele: Deus.

Nosso relacionamento dentro da igreja nunca deve ser vertical, em que uns são superiores a outros; mas horizontal, em que todos somos sacerdotes, profetas e reis, segundo o expresso ensino das Escrituras Sagradas.

A finalidade deste artigo não é levar ovelhas a se sublevarem contra pastores nem os subestimarem, mas nos levar a um banho de humildade sabendo o que Jesus ensinou ao lavar os pés dos discípulos – só somos dignos do episcopado quando aprendemos a lavar os pés daqueles a quem servimos como verdadeiros – anjos de barro.

O JORNALEIRO

POLÍTICA

Publicado em 3 de julho de 2017

19720543_651966671664682_693166229_oQuem comigo convive sabe que nunca permiti que políticos subissem ao púlpito da igreja a que sirvo desde minha adolescência (hoje estou com 73 anos). Também nunca aceitei ofertas de nenhum candidato, embora tenham me procurado oferecendo veículos e outras benesses.

Não aprovo, tampouco, que pastores nela se envolvam, a menos que abandonem seu ministério. É triste ver muitos pastores candidatos, enquanto os padres, pelo menos nesta área, são puros.

Mas não acho que o assunto deve deixar de ser debatido na igreja, para orientação dos fiéis.

Para nós que lemos jornais, o ideal é a leitura de pelo menos dois periódicos: Folha de São Paulo e Estadão. É o que recomendo. Estamos mais atualizados e precisamos repartir algumas informações importantes com o nosso rebanho.

Como disponho desta tribuna, valer-me-ei dela.

O momento atual exige bastante reflexão, para não assumir uma postura partidária. Penso que a corrupção que grassa em nosso Brasil precisa ser denunciada também pela igreja. A mídia tem explorado bastante este tema, mas o mundo evangélico tem estado silente.

Não podemos nos omitir, por isso precisamos esclarecer. Primeiro, não podemos ser partidários e devemos ser contra qualquer movimento que vincule nosso voto a um partido, já que, como é notório, todos estão corrompidos.

Precisamos conhecer a vida das pessoas, seu histórico, suas ideias, suas propostas. Não é difícil hoje executar essa tarefa. Precisamos de homens públicos que pensem no povo e não em si mesmos. Ao descobrirmos alguém que tenha esse perfil, é bom que procuremos uma via de comunicação para fazer cobranças e dar feedback de sua atuação.

Definir-se por um partido é problemático, porque via de regra eles acabam traindo os ideais que eles mesmo se comprometeram seguir.

Se eu for só PT, PSDB ou PMDB vou limitar em muito a minha busca por pessoas razoavelmente honestas com os eleitores. Não excluo a possibilidade de termos candidatos cristãos (incluo todos os ramos do cristianismo, sem bairrismos), mas que não sejam pastores.

Precisamos votar conscientemente. Uma das propostas de reforma política que me agrada é o voto distrital, que aproxima bastante o candidato do eleitor.

Uma ação que podemos promover, além do esclarecimento, é debatermos com nossos jovens nomes que vão surgindo como opções no cenário político, sempre se utilizando do material que dispomos para isto – jornais, revistas, reportagens, a mídia em geral –, orientar sem manipular, esclarecer sem dogmatizar.

Apenas iniciamos o debate. Até mais.

A ERA DA PÓS VERDADE (II)

Publicado em 4 de março de 2017

a era da pós-verdade IIEstamos dando continuidade ao nosso texto anterior, em que abordamos questões que estão sendo discutidas por jornalistas, sociólogos e psicólogos.

Um grupo de psicólogos fez o seguinte experimento chamado de inoculação de mensagem: eles postaram uma mensagem falsa sobre o aquecimento global, afirmando que um grupo de cientistas haviam feito uma pesquisa sobre o assunto e que mais de 250 cientistas subscreveram uma declaração dizendo que não estava havendo um aquecimento da temperatura em nosso planeta.

Passadas algumas semanas, o mesmo grupo de psicólogos, informaram que a mensagem transmitida era falsa e que os subscritores da declaração não eram cientistas, e sim participantes de bandas, artistas e inclusive pessoas já falecidas.

Acontece que apesar do desmentido, a maioria das pessoas continuaram acreditando na falsa mensagem.

Você já deve ter visto este filme. As pessoas comparecem à sua igreja, ouvem a sã doutrina, mas com facilidade se bandeiam para outros lados, onde a mentira é a bola da vez.

A igreja autêntica ensina que Cristo se fez pobre para enriquecer a muitos. Mas há pessoas que ensinam, erroneamente, que para sermos ricos, precisamos dar o dízimo, vender o carro e a casa para dar à igreja.

O que prevalece nos arraiais evangélicos? Prevalece a mentira ou a verdade?

Se você for a um desses lugares de apóstolos que curam, faça uma estatística de quantos são curados. Bem poucos, a imensa maioria volta para casa com suas mazelas e xingando Deus.

Cristo disse que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz.

Há os que têm visões e revelações absurdas, que veem sapos, cobras, demônios. Há os que profetizam como máquinas industriais, como se profecia fosse coisa de pouca importância, e acabam destruindo os que verdadeiramente têm dons, são sinceros e principalmente discretos.

Não ignoramos os carismas verdadeiros, mas eles não são como manga, que, quando dá, até os galhos da árvore se quebram. Eles são raros, porque raros são os santos.

Por falar em santos, ouvi que um padre, aqui na pacata Duartina, perguntou aos fiéis “– quem quer ser santo?” E ninguém levantou a mão.

Em seguida, perguntou “– quem quer ir para o céu?” Todos levantaram.

Ao que ele concluiu – Se você não quer ser santo, você não vai para o céu.

Continua no próximo.

O JORNALEIRO

A ERA DA PÓS-VERDADE (I)

Publicado em 3 de fevereiro de 2017

pós-verdadeDesde 2004, o Dicionário Oxford escolhe uma expressão ou palavra que mais despertou a atenção no ano. Em 2016, a palavra escolhida foi:  “pós-verdade”.

Segundo a editora, o uso dessa palavra aumentou 2.000% entre o ano de 2015 e 2016.

Antes de apresentarmos um conceito sobre a “pós-verdade” vamos a alguns fatos que poderão nos ajudar a entender o fenômeno:

Foi disseminada durante a campanha pela saída (BREXIT) do Reino Unido da União Europeia (MERCADO COMUM EUROPEU) que, caso o plebiscito a favor do BREXIT vencesse, a Inglaterra iria deixar de gastar 350 a 470 milhões de libras por semana, que passariam a ser destinados ao serviço público da saúde.

Essa mentira foi aceita como verdade pela intensidade com que foi propagada em discursos, sites, redes sociais como Facebook, Whatsapp, Twiter, e outros.

Fenômeno idêntico aconteceu com Donald Trump, afirmando que Barack Obama não era cidadão americano porque tinha nascido no Quênia, terra do seu pai. Essa notícia foi recebida como verdade por grande parte do eleitorado norte americano.

Quem mais contribuiu para popularização mundial do termo “pós-verdade” foi a revista The Economist, desde quando publicou em setembro passado, o artigo “A arte da mentira”.

Republicado em diversos países, o comentário da revista britânica suscitou analogias e um vasto inventário de pós-verdade. Na Colômbia, o acordo de paz do governo com as Farc foi derrotado em referendo porque as igrejas, em especial as evangélicas, convenceram boa parte dos eleitores de que ele estimularia a dissolução das famílias e a homossexualidade das crianças. “O anticristo está na Colômbia”, disparou um pastor nas redes sociais, em comentário que viralizou.” (revista Carta Capital)

Estamos saindo da dicotomia tradicional entre certo e errado, bom e mau, justo ou injusto, fatos e versões, verdade ou mentira, para ingressarmos numa era de avaliações fluidas, terminologias vagas ou juízos baseados mais em sensações do que em evidências.” (revista The Economist)

Não é tão simples firmar um conceito sobre pós verdade. Mas vamos tentar. O ser humano tem ideias preconcebidas sobre vários assuntos, muitas delas sem nenhum dado comprobatório, sua crença está mais baseada em suas preferências, emoções, sentimentos, antipatias.

Quando ele recebe uma informação que corresponde à sua expectativa, abraça-a de imediato sem se preocupar em pesquisar se é verdadeira ou falsa, certa ou errada, justa ou injusta.

Nos primórdios do cristianismo temos o episódio de Nero, incendiando Roma e culpando os cristãos. Todos os que tinham pensamentos de rejeição aos seguidores de Cristo abraçaram a ideia e iniciaram uma grande perseguição à igreja primitiva, sem se preocuparem com a veracidade da notícia divulgada.

Jesus Cristo disse que nos últimos tempos as pessoas nos matariam pensando que estavam prestando um serviço a Deus. Este acontecimento só pode ocorrer dentro de um cenário de pós-verdade, em que a mentira se torna uma arte. (Veja o título de capa do semanário The Economist: “A arte de mentir”).

Mas esta falácia não é exclusiva das redes sociais, a grande mídia abraçou a mentira de que Sadan Husseim tinha um grande estoque de armas químicas e que Kadaffi representava um perigo para o mundo e sob este pretexto arrasaram com a Líbia e o Iraque.

Os perigos que subjazem à pós-verdade são evidentes para todos nós. Corremos perigos como cidadãos e como cristãos. Quando mentiras podem ser abraçadas como verdade, sem nenhum critério, a sociedade como um todo está em risco, os próprios valores que construíram e sustentaram a nossa civilização estão ruindo rapidamente diante de nossos olhos.

Os bereanos trazem um ensino importante para nós: quando ouviram Paulo, foram verificar se o que ele ensinava constava nas Escrituras Sagradas. A Bíblia diz que eles foram mais nobres que os de tessalônica justamente por procurarem comprovar se o que lhes era ensinado era realmente verdadeiro.

Quando jovem presenciei uma divisão entre os presbiterianos e batistas, depois entre pentecostais e tradicionais. Hoje vejo claramente que o grande divisor de águas no mundo cristão é a Bíblia, a Palavra de Deus.

Há igrejas que são bíblicas, pregam as Escrituras e se esforçam em praticá-las, e há aquelas que a cada dia mais se distanciam das verdades sagradas.

Não basta que cada cristão vá a igreja, ouça sermões, estudos bíblicos, orações; é preciso ir além disso, é imprescindível que cada cristão aprenda a fazer estudos bíblicos e busque a verdade. Na televisão, um mundo de fantasias surge diante de nossos olhos. Muito do evangelho televisivo se encantou com a forma como a mídia manipula a informação, e tornou-se sua irmã gêmea, um engodo, falsidade, mentira, é a igreja corrompida na era da pós-verdade. É evidente que há exceções.

Não nos enganemos, a era da pós-verdade prenuncia o reinado do príncipe deste mundo, da mesma forma como ele está, através da mentira, levando homens a guerra – caso do Iraque e Líbia –, levando nações a tomarem decisões importantes induzidas por notícias falsas – caso do Brexit e da eleição de Trump. Ele está levando pregadores descompromissados com a verdade à desconstrução do evangelho, outorgado por Jesus Cristo e que foi seguido pelos apóstolos e pelos pais da igreja.

O cristão que deseja ser esclarecido, não deve deixar-se enganar, deve voltar-se para o testamento que Cristo deixou para nós, um chamado velho outro novo, mas ambos igualmente importantes e que compõem o nosso querido livro sagrado – a Bíblia.

Dediquemos todo esforço não somente a lê-la, mas a estuda-la, com oração, ouvindo o seu fiel intérprete – o Espírito Santo.

Sendo assim, temos mais concreta a palavra dos profetas, e fazeis muito bem em prestar atenção a ela, como uma candeia que brilha nas trevas, até que todo dia se ilumine e a estrela da alva nasça em vossos corações. Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos de Deus falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo.” II Pedro 1. 19 a 21.

                        A Era da Pós-Verdade torna-se assim um desafio maior para nos tornarmos mais apegados às verdades reveladas e, de modo algum, nos desviarmos delas.

O JORNALEIRO
02/02/2017

PANE SECA

Publicado em 27 de janeiro de 2017

pane secaNão saiu da retina ainda o trágico acidente ocorrido com o avião que transportava o time da Chapecoense. Constatou-se que a causa foi falta de combustível.

Impensável pensar em um avião alçar voo sem estar devidamente revisado e principalmente dar a devida atenção ao combustível necessário.

No caso, a rota deveria ser bem planejada com escalas que permitissem o reabastecimento da aeronave.

Pensemos agora na nossa vida cristã. Será que precisamos de combustível para enfrentarmos os ares traiçoeiros? Interessante que a Bíblia fala do príncipe das potestades dos ares.

Fernando Pessoa poetou: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Ele colocou as grandes viagens marítimas acima da própria vida, já que enfrentar mares ignotos era um sério risco de morrer.

Parafraseando o vate: “Voar é preciso, viver não é preciso”.

Fomos chamados a voar como as águias, os que confiam no Senhor voarão até as alturas, disse o profeta. Voar para nós é risco porque temos que enfrentar grandes turbulências, porque os ares são dominados pelos nossos inimigos, os dominadores deste mundo tenebroso (usando uma expressão de Paulo em Efésios).

Mas como voar sem combustível? Como viver uma luta de guerra contínua, minuto a minuto, contra as trevas sem nos abastecermos? Nossa luta é contra as hostes infernais da maldade que estão nos ares e permeiam esse mundo como ar que enche esse planeta Terra.

Nosso combustível é o Espírito Santo de Deus. Por isso a Bíblia diz “Enchei-vos do Espírito”, isto é, encha seu tanque do poder, da presença, da unção do Espírito Santo de Deus.

Oração contínua, estudo pessoal e diligente da Bíblia, perseverança na obediência a Palavra, comunhão com irmãos, nas assembleias dos santos, cultos e reuniões de oração, são os meios da graça para encher o nosso tanque com o poder do Espírito Santo de Deus.

Quantos pensam que estão voando, mas já são destroços de uma aeronave feita em frangalhos, esparramada pelo chão, porque não se reabasteceram da unção do Espírito, do óleo que mantem nossa lâmpada acesa?

O trágico é que o avião da chapecoense estava já sobrevoando os arredores do aeroporto se preparando para pousar, mas foi impedido porque o piloto não disse a verdade e havia outra nave que tinha preferência no pouso por estar com problemas.

Já pensou você ou eu ter uma pane seca estando bem próximo da pista de pouso?

Não deixe sua vida ter uma PANE SECA.

O JORNALEIRO

MASSACRE EM MANAUS

Publicado em 18 de janeiro de 2017

manaus2A cada dia o Estado vai perdendo mais e mais o controle sobre suas áreas de atuação, como na política, educação, saúde, economia e segurança pública.

O cidadão, perplexo, se vê privado dos seus direitos mais elementares e vive um salve-se-quem-puder.

A Igreja tem sua parcela de culpa e deve à sociedade uma participação mais contundente, em que possa mostrar sua cara, tanto na sua forma de pensar o momento atual, como nas suas articulações de misericórdia.

O massacre de Manaus expõe uma chaga social que clama pela presença da Igreja.

Chama a atenção um depoimento do juiz Luiz Carlos Valois:

O juiz da execução penal tem que olhar para o preso como um ser humano. Mas essa minha capacidade (de ver o preso como ser humano) está abalada porque vi monstros. Minha fé no ser humano, em geral, está debilitada, e preciso recuperá-la”. Fonte: [1]

As vítimas foram decapitadas, esquartejadas, incineradas, tiveram corações e vísceras arrancadas. Todas as rebeliões foram filmadas e fotografadas pelos próprios presos, que compartilharam os vídeos e as imagens em grupos de WhatsApp. São dezenas de decapitações e demonstrações de crueldade.

Quando lá cheguei tinha um container cheio de braços e pernas. Um horror” – disse o juiz Luiz Carlos Valois.

Não é a primeira vez que isto ocorre. Em 02 de janeiro de 2002, numa rebelião no presídio de segurança máxima Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia, os cadáveres eram retirados por trator tipo retroescavadeira que os recolhia do interior do presídio e os jogava num caminhão que os levaria para o IML.

A guerra entre facções rivais é apontada como causa dessas rebeliões – há três grandes organizações PCC – Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, CV – Comando Vermelho (Rio), FDN – Família do Norte, região Norte e Nordeste.

O líder da FDN se vangloria de ter mais de 200.000 seguidores, todos cadastrados e com senhas. Essa organização controla a Rota do Solimões da cocaína produzida no Peru e na Colômbia. Foi ela quem protagonizou o massacre no COMPAJ (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) em Manaus.

Mas não se pode atribuir unicamente à FDN a responsabilidade pela carnificina em Manaus.

De acordo com a revista Veja de 11 de janeiro de 2017: “…o quadro geral do presídio é estarrecedor. As condições sanitárias…são degradantes. Há proliferação do vírus da AIDS, hepatite e sífilis. A tuberculose se espalha entre os internos. A Penitenciária Lemos de Brito, a maior de Salvador, na Bahia, é um exemplo lamentável. Em dezembro passado, havia um médico para atender todos os seus 1.501 presos – doze deles com HIV, quinze com tuberculose e 29 idosos”.

Outro periódico diz: “O cheiro e o ar que dominam as carceragens do Brasil são indescritíveis, e não se imagina que nelas é possível viver”.

O cenário nos lembra o épico de Castro Alves, Navio Negreiro”.

“Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

            “E gargalha Satanás”.

Soa oportuna a Palavra de Deus a Isaías: “A quem enviarei Eu e quem há de ir por nós?”.

Uma população carcerária de 600.000 presos para 300.000 vagas, a quarta do mundo, atrás somente de Rússia, China e Estados Unidos, que clama por salvação. Por quanto tempo ainda ouviremos Satanás rir da Igreja, da sua surdez, apatia, indiferença ante aos clamores do mundo?

Deus deu poder à Igreja primitiva para pisar serpentes e escorpiões e todo poder do maligno. Ela vivia em um mundo hostil, com soldados inescrupulosos e cruéis, tiranos sanguinários, um mundo de traições e sicários. Mas ela confiou que “vindo o inimigo como correntes de águas, o Espírito do Senhor alvorará contra ele a sua bandeira”. (Isaías 59.19)

Quantas igrejas, quantos pastores, quantos cristãos dedicados estão vendo este quadro e se importando? Certamente há alguns poucos lutando, mas uma esmagadora maioria deve estar dominada pela cultura do entretenimento que domina o mundo de hoje (Mario Vargas Lhosa – A civilização do espetáculo), que levou Tozer (Livro – Este Mundo: Lugar de Lazer ou Campo de Batalha?) a dizer se para o cristão o mundo era um lugar de lazer (entretenimento) ou um campo de batalha?

A capacitação divina, com avivamento, poder do Espírito Santo virá a nós quando estivermos dispostos, seguindo o exemplo da igreja primitiva, a enfrentar os principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso nos grandes desafios que clama pela presença e atuação da igreja.

Nós cristãos sabemos o que fazer e como fazer… mas queremos?

Se achamos que queremos, por que não temos feito?

O JORNALEIRO

[1] http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000839337/temos
-que-parar-de-legitimar-faccoes-diz-juiz.html

TRAGÉDIA CHAPECOENSE

Publicado em 4 de dezembro de 2016

chapeParecia um sonho para aqueles jovens atletas que iriam disputar a final de uma sul americana. Eram de um time desconhecido até pouco tempo atrás, de uma cidade de aproximadamente 150 mil habitantes.

Na sua bagagem todos levavam expectativas de felicidade e sucesso, alguns já estavam sendo observados por grandes agremiações, outros se imaginavam segurando a taça, voltando para sua cidade aclamados como heróis.

Em suas casas, os seus amigos e familiares gozavam da tranquilidade e da paz típicas de uma cidade interiorana da bela Santa Catarina, mas o sossego daquele momento foi quebrado com a notícia de uma tragédia que abalou o mundo.

O avião que carregava os atletas, técnico, delegação, repórteres, sofre uma pane e cai em solo colombiano, transformando-se em destroços, ceifando a vida promissora de jovens atletas no início de suas carreiras.

Todos nós choramos, nos cobrimos de dor e luto, porque somos parte de uma humanidade que segue na terra seu destino, na esperança de que a fome seja esquecida, a lágrima consumida pela alegria, e a dor afogada no riso.

Diariamente, porém, acordamos assistindo uma realidade brutal que desfila diante de nossos olhos – hospitais cheios de pessoas gritando por ajuda, ruas com multidões sempre protestando, é o sem teto, o sem-terra, é a barragem de Mariana, os mortos por balas perdidas.

Será que há um sentido misterioso na dor e sofrimento, o que eles querem falar? Perscrutamos o infinito à procura de outras civilizações querendo ouvi-las, mas a lágrima derramada aqui talvez fale mais para nós do que qualquer outra descoberta científica, compendio literário, ou qualquer religião.

Jesus chorou.

Antes de procuramos explicações para as nossas lágrimas, olhemos para as lágrimas de Cristo.

Chorou, chora ainda?

O chorar de Cristo é o chorar de Deus, o lamento pungente que ecoa pelo Éden, com o homem procurando cobrir-se da sua vergonha, as trevas cobrindo as doces flores, tornando tudo amargo e triste.

Onde estás Adão? É uma pergunta, é um grito, curiosidade, bisbilhotice, implicação, ou choro, lágrimas e dor. O que fizeste Adão com sua felicidade, paz, saúde, prosperidade? Teus desejos de mais e mais te destruíram, teu coração insaciável trouxe devastação a esta terra.

Mas o lamento de Deus, choro dolorido de um coração divino sem limites, torna sua angústia também sem limites. Enquanto a humanidade vaga pela terra, em seu desejo crescente de alienar-se de Deus, maiores sãos as dores, dores dos profetas que morreram por anunciar a verdade, dores de Maria dando à luz ao Salvador, dores de todas as Marias e todos os Joãos misturando-se com as dores dos cravos e espinhos da cruz.

Por que Caim matou teu irmão? Por que as guerras fraticidas? Por que ódios seculares? Por que paixões desmedidas? Por que volúpia, prazer, ganância e violência?

O alienar-se de Deus leva o homem ao abismo, leva Jesus a chorar, o coração de Deus partir-se em mil pedaços vendo seu filho na cruz.

O segredo do sofrimento está no homem querer viver sem Deus, ser dono do seu destino, ir embora para Passárgada – célebre poesia de Manuel Bandeira –, é querer ser amigo do rei deste mundo, fartar-se de orgias, prazeres, em completa revolta contra Deus.

A frase da multidão, a respeito de Cristo diz tudo: “Não queremos que este homem reine sobre nós”.

A humanidade não quer nada do que Cristo representa: humildade, santidade, pureza, amor, esperança. Enquanto este quadro não for alterado, ouviremos o choro divino, numa criança abandonada, em uma mulher violentada, lares destroçados, política corrompida, fome, dor, morte.

Choremos a tragédia chapecoense, nada nos resta, senão chorar, e orar pelos que ficaram – pais, amigos, filhos, irmãos –, pedindo conforto e consolo, mas não nos esqueçamos que do Éden ao Calvário, um lamento de dor e agonia, só visto pelos anjos ecoa no coração do Deus desconhecido.

O JORNALEIRO

O FIM DO MUNDO CHEGOU – TRUMP

Publicado em 1 de dezembro de 2016

trumpNinguém consegue entender – Donald J. Trump é o novo presidente dos Estados Unidos da América. O mundo ficou atônito, como um homem tão despreparado, com um palavreado tão vulgar, ideias tão pobres, chega ao mais alto cargo da nação mais poderosa do mundo.

Em um artigo anterior nosso – A queda de um império – já apontávamos para o perigo que Trump representava.

No despertar do nosso movimento literário modernista, nos idos de 1928, autoria de Oswaldo de Andrade, surge uma obra intitulada Macunaíma. A síntese do livro se resume apenas em uma frase – A história do herói sem nenhum caráter.

Conseguimos exportar para o United States, nosso herói tupiniquim que deixou de ser uma ficção para se tornar realidade na figura questionável de Donald J. Trump.

Eis o que dele diz Fábio Biazzi, em um artigo publicado pelo Estadão, em 24.11.2016 :

Ele foi eleito apesar de ter chamado os imigrantes mexicanos de estupradores e assassinos, ter desrespeitado combatentes filhos de imigrantes, ter feito pouco caso de um herói de guerra, John MacCaim, por ter sido feito prisioneiro no Vietnã, ter insultado diversas minorias étnicas e sexuais, insinuar que gostaria de namorar sua filha Ivanka e ter sido flagrado se vangloriando de assediar e agredir sexualmente inúmeras mulheres, julgando que elas nunca reagiriam por ele ser pretensamente rico e famoso.”

Não é difícil de entender o fenômeno Trump, que ocorre justamente numa época que tem tudo para ser a última da história da humanidade e que sinaliza claramente para o Anti Cristo que vai se tornar o poderoso chefão mundo.

Não estou dizendo que Trump é o Anti Cristo, mas como o momento favorece o seu aparecimento.

A humanidade preteriu Cristo a Barrabás, aceitou durante certo tempo passivamente a loucura de Hitler e ainda hoje há muitos que se levantam para dizer que o holocausto é uma farsa.

Para uma sociedade que a cada dia substitui a verdade pela mentira, a pureza pela imundície moral da pior espécie, que rejeita a Palavra de Deus, o que se pode esperar?

O pior disso tudo é que assistimos com tristeza o sal se tornar insípido e a luz perder o seu brilho.

A igreja verdadeira vai se encolhendo. Não vemos muitas vezes dentro dos arraiais evangélicos vez por outra aparecerem péssimos administradores, fazendo muitas vezes dos cargos que ocupam cabides de emprego?

Destacamos, porém, que existem aqueles que trabalham só por amor e os que recebem parcos recursos para realizarem grandes obras no reino de Deus, mas estes, cada dia mais vão se constituindo uma nobre exceção.

Pastores deixando o cajado para se promoverem dentro de uma política suja, e igrejas se envolvendo com homens que só buscam seu bem-estar, chamando para nossos púlpitos, nossas assembleias de igrejas homens comprometidos com um status quo totalmente corrompido.

Não venham me dizer que este ou aquele é bom, porque dize-me com quem tu andas e eu te direi quem és. A delação da Odebrecht está aí para comprovar isso, com a politicalha de Brasília se movimentando para aprovar uma anistia total e irrestrita para os ladrões do tesouro nacional.

E a pastorada e igrejada segue flertando com o poder.

A política precisa ser debatida e avaliada dentro da igreja, trazendo à consciência do povo o que ela tem de bom e de ruim, com a denúncia das imoralidades cometidas por aqueles que se dizendo cristãos nada tem de Cristo.

Um cristão que quer entrar na política precisa ser sabatinado pela igreja a quem serve e pelas outras também e se não desempenhar bem sua função deve ser considerado anátema.

Mas a igreja é rigorosa ou liberal, santa ou profana, pura ou conspurcada? A igreja somos nós e precisamos realmente ser sal e luz, e nos impormos como profetas do nosso tempo, denunciando, disciplinando, sendo mais rigorosos do que nunca, para que todos saibam que a verdadeira igreja jamais aplaudirá homens como Donald J. Trump.

“Nos últimos dias…haverá homens amantes de si mesmos…” II Tim. 3.1,2.

“Mas os homens enganadores irão de mal para pior enganando e sendo enganados.” II Timóteo 3.13

Donald Trump só conseguiu ganhar a eleição porque a igreja norte americana há muito deixou de ser a “coluna da verdade” para se tornar uma Disneylândia, um mundo de faz de conta.

Infelizmente em breve teremos os nossos Trumps porque a igreja brasileira tem conseguido superar “os mestres dos ares tenebrosos” que andam por lá e agora desfilam por aqui.

Só com a igreja orando, oração de guerra, batalha contra o mundo tenebroso, os principados e potestades das regiões celestes, em jejum e oração, com uma escolha criteriosa de líderes e pastores, conscientização política é que conseguiremos fazer frente à maré da iniquidade que já corre morro abaixo arrastando os incautos e sinalizando que o Anti Cristo vem aí.

Desperta irmão, desperta igreja, o espírito de Macunaíma, em que os heróis, líderes de todos os segmentos, inclusive igreja não precisam ter caráter para comandar, liderar ou ensinar está às portas.

É o fim do mundo.

O JORNALEIRO

O RETRATO DA ALMA

Publicado em 10 de novembro de 2016

o-retrato-da-alma_3  Os discípulos foram perguntar a Jesus se eles deveriam pagar impostos e obtiveram a seguinte resposta:

– “De quem é esta imagem (esfinge, retrato) que está na moeda? ” – perguntou Jesus.

– “De César” – disseram os discípulos.

– “Então dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. ” – disse Jesus.

 

Qual é o retrato da nossa alma?

A Bíblia chama Lúcifer de o Acusador de nossos irmãos. Nosso retrato é de um Acusador? Estamos sempre vendo o defeito dos outros, passamos a maior parte de nossas vidas, ocupando nosso tempo com críticas ácidas e destrutivas?

Nós não nos damos conta de que expressamos com os lábios o retrato da nossa alma e nem nos preocupamos em sermos participantes da natureza maligna quando agimos como Satanás age, como acusadores dos nossos irmãos.

Reparamos nas vestes, nos carros, na maneira como as pessoas vivem ou gastam seu dinheiro, como se divertem, como pecam mentindo, traindo, ou produzindo qualquer fruto mal.

É lícito acusá-las? É ser santo apontar defeitos alheios? Considerações que parecem inofensivas, só para passar o tempo, mas que torna a nossa mesa uma mesa de escarnecedores. Menosprezamos os outros quando criticamos e propagamos ao mundo que somos superiores, não temos nenhum defeito por isso podemos falar dos outros, coisas que parecem trivialidades, mas não são. Qual o nosso retrato?

Lúcifer andava sobre pedras reluzentes, o brilho ofuscou-lhe a razão e ele quis mais. A vaidade é um brilho fútil que perturba o raciocínio. O amor ao brilho, a aparência, traz orgulho e insensatez.

A vaidade leva o homem ao narcisismo e hedonismo, o prazer de si mesmo. O homem sente prazer nas suas vestimentas, no seu carro de luxo. Nas suas joias e sapatos, nos seus cabelos e unhas, nos brincos. É o prazer de ser bonito, atraente, notado, bem quisto e amado.

Mas isto não é bom? Não, o prazer do justo está na lei do Senhor e na sua lei ele medita de dia e de noite.

Andar bem composto, mas discreto, sem chamar a atenção, sem o sentir prazer em nós, elegante, bonito, mas sem exageros, vestir-se bem, mas não com o objetivo de se sentir melhor.

Qual é o seu retrato? “De quem é esta esfinge? ”

O mundo moderno é dominado pela ganância, sempre queremos mais, mais títulos, mais dinheiro, mais bens materiais. A simplicidade é uma virtude esquecida e no lugar dela tem sido colocada a ostentação. É por isso que muitos não têm nada, enquanto poucos têm para jogar fora.

Seria muito triste responderem a cerca de mim e de você – é de César.

No caso em tela – É de Lúcifer.

O que vem em seguida é pior ainda – “Dai a César o que é de César. ”

Na carta aos Romanos lemos que Deus entregou os homens ao pecado, como se o pecado atraísse o pecado. A acusação chama mais acusação, a vaidade mais vaidade, o hedonismo e narcisismo, mais, a ganância, mais.

Os homens enganadores irão de mal a pior, reza a Bíblia. E o pior enganador é o que engana a si mesmo, pensando que tem a imago Dei, e age como uma extensão do mundo satânico.

O pó e a cinza são o remédio, a penitência do arrependimento, da confissão, do pranto.

Esta é uma mensagem que nunca me ouvirão pregar, nem pode ser pregada nos dias atuais, dias de Sodoma e Gomorra, mas o jornaleiro pode escrever.

O Jornaleiro