Publicado em 25 de outubro de 2016
Marquinhos, membro da igreja, estava se divertindo com amigos, jogando futebol, quando ocorreu um acidente que provocou nele um traumatismo craneano. Passou quarenta longos dias no hospital, imobilizado, sem falar, alimentando-se artificialmente.
Ainda convalescendo, sem a plenitude do seu vigor e seus movimentos, só há poucos dias se livrou da sonda alimentar, mas ainda não anda.
Em nenhum momento queixou-se da situação. Logo que voltou para casa quis assistir ao culto. Mãos amigas o levaram, e assim tem sido nos últimos domingos.
Pediu que realizássemos um culto em sua casa, cobrou de todos a presença. Tive a alegria de pregar, a pedido dele. Lembrei-me da prédica (pregação/sermão) do cego de Jericó, prontamente curado por Jesus, e do leproso, que disse “Se quiseres podes me tornar limpo” e Jesus respondeu: “Quero, sê limpo”.
Quantas pessoas que por qualquer motivo não comparecem aos cultos para adoração comunitária, que faz parte integrante da nossa vida espiritual? Enquanto Marquinhos faz questão que o levem para a igreja.
Que lições preciosas sua vida e de seus irmãos estão nos proporcionando! Uma família amorosa, unida, serva e temente a Deus. Sempre nutri por eles uma sincera admiração, mas agora os vejo superando tudo que via neles.
Todos que me conhecem sabem que não sou de paparicar ninguém. Por isso meu apreço por eles sempre ficou escondido no meu coração. Mas é impossível calar-se, reter as emoções, diante de um exemplo tão impactante.
Marquinhos e sua família têm ido muito além do esperado, provocando em nós reflexões sobre a fé que temos. Essa fé nunca deve ser retórica, só de palavras. Tiago, o apóstolo, dizia – “A fé sem obras é morta”.
Não somos salvos pelas obras e sim pela fé, mas é impossível a fé não gerar frutos. Marquinho e sua família os estão produzindo aos borbotões. E eu? E você?
Uma fé morta, sem obras, é fé salvítica? Não acredito. “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”, diz a Bíblia.
Sou grato a ti, ó Deus, por ter levantado Marquinhos como profeta. É teu chamado, Senhor, para que a minha fé se torne viva e impactante. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à Igreja”.
O JORNALEIRO.
Outubro/2016
Publicado em 24 de junho de 2016
Os Estados Unidos da América é hoje a maior nação do mundo. Nenhuma outra se iguala a ela em poder econômico e militar. Grande parte da sua projeção no cenário mundial se deve àqueles que a construíram, tornando-a uma potência mundialmente respeitada e temida.
Em 1620, durante o reinado de James I da casa dos Stuarts, um grupo de puritanos (nome dos evangélicos na época) deixou a Inglaterra a bordo do navio Mayflower. Peregrinos, fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra, chegaram ao Novo Mundo, à procura de liberdade religiosa. Eram puritanos que pregavam santidade e pureza de coração, cultivando uma vida de humildade e temor.
A cultura americana nasceu impregnada do evangelho, é certo que muitos se desviaram, deixando a mancha da escravidão toldar sua bandeira. Foi necessária uma revolução sangrenta, e muitos anos de luta contra a discriminação e preconceito racial que ainda hoje irrompe na sociedade norte-americana, também marcada pela tragédia do Vietnã.
Hoje vemos sinais de rachaduras no grande edifício construído por Thomas Jeferson, George Washington, Benjamim Franklin e tantos outros.
As rachaduras estão presentes na decadência do evangelho, valores espirituais, princípios de verdade e santidade.
As rachaduras estão na política – dá para falar algo de bom de Donald Trump, um magnata fanfarrão, debochado, ridículo, que, se eleito, será danoso não só ao seu país, mas ao mundo?
Eis um comentário de Monica Bolle, articulista do jornal Estado de São Paulo, publicado no dia 15.06.2016:
“Trump é símbolo do retrocesso econômico, da globalização em marcha a ré… Trump é a personificação da intolerância em todas as suas facetas, do repudio ao outro, à rejeição da globalização econômica defendida pelos republicanos… Quem não enxerga o perigo disso está, infelizmente, profundamente iludido ou cego.”
Donald Trump poderia até passar despercebido. Ele, por si só, é uma destas tantas figuras exóticas que transitam mundo a fora todos os dias. Mas não é bem assim. Ele é um fenômeno nos Estados Unidos, pela grande aceitação quem tem entre os eleitores norte americanos.
Ele pode vir a ser nada mais, nada menos que o futuro presidente da maior potência mundial hoje.
Acredito que não irá acontecer, mas os votos que tem conseguido nas prévias eleitorais são surpreendentes revelando uma falta de tirocínio de um número bastante considerável da população.
Se há rachaduras na vida espiritual e política, embora a economia continue forte, a segurança da nação causa preocupação.
O ataque terrorista de 11 de setembro, que derrubou as torres gêmeas, demonstra a sua vulnerabilidade. Não nos esqueçamos que aviões pilotados por terroristas visavam também o Pentágono e a Casa Branca.
O perigo de uma bomba nuclear explodir atingindo este país, acionada por um terrorista, não pode ser descartado. Egito, Roma, Império Otomano, Alemanha, Japão, ruíram fragorosamente, a bola da vez: Estados Unidos da América.
A História aponta para isso, a situação geopolítica mundial assim o sinaliza e as condições espirituais, políticas e de segurança parecem confirmar essa trajetória inexorável.
A América Latina, o Brasil, e grande parte do mundo desabará. Será o princípio das dores. Se este é o princípio, como será o final?
Os homens têm desafiado a Deus, como no passado os sumérios, acadianos, amoritas, babilônicos, assírios, todos se levantaram como potências mundiais, todos caíram e tornaram-se pó.
O passado acaba sendo uma testemunha do futuro.
Billy Graham, evangelista e pastor batista americano, de 98 anos de idade, em sua página no Facebook afirma:
“Nosso país está indo na direção errada. Falhamos como nação, por causa do pecado e desobediência à santa Palavra de Deus. Se nós não nos voltarmos para Deus, temo que o nosso fim esteja próximo.”
Fonte: Cristianismo Hoje
“Se há algo de único ao animal humano é que tem a capacidade de expandir o conhecimento em ritmo acelerado e de ser ao mesmo tempo cronicamente incapaz de aprender com a própria experiência.”
Fonte: John Gray, The Silence of animals.
O que precisamos aprender com nossa própria experiência é: “que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria!”, “que devemos temer ao Senhor e dar-lhe glória porque vinda é a hora do seu juízo”.
Se você não se preocupa em se relacionar com Deus, em conhecer melhor a sua fé e esperança, santificar-se até nos detalhes, “Porque até na campainha dos cavalos será escrito: Santidade ao Senhor”, “Em todo tempo sejam alvos os teus vestidos” – está correndo um sério risco – porque as Escrituras nos advertem: “Prepara-te ó homem para te encontrares com o Senhor teu Deus.”
Ao cair o Império que existe hoje, outro surgirá – o renascimento do Império Romano, sob a égide do Anti-Cristo, (II Tessalonicenses, Capítulo 2), os dedos da estátua da revelação que Deus deu a Daniel.
A grande estátua, com seus dedos de barro e ferro, será destruída por uma pedra que rolará sobre ela e a esmagará
(Daniel, capítulo 2).
“Quando estava olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e barro e os esmiuçou.
Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze e o ouro, os quais se fizeram como palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, que encheu toda a terra.”
Finalmente surgirá o reino do nosso Deus, do nosso Senhor Jesus Cristo, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
“Por essa causa, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por Ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (II Pedro 3.14).
O Jornaleiro
24/06/2016
Publicado em 8 de junho de 2016
O crime ocorreu em um morro do Rio de Janeiro, vitimando uma adolescente de dezesseis anos. Depois de um baile funk em que a menor se drogou, ela praticou sexo consentido e, após ser deixada desacordada pelos seus acompanhantes, foi violentada em dois momentos diferentes enquanto estava indefesa e desacordada, segundo relato policial.
Não resta dúvida que, uma vez devidamente comprovada, a ação ocorrida é covarde, criminosa, e deve receber toda repulsa da sociedade e ser punida com todo rigor da lei.
O cenário é uma favela em um morro do Rio de Janeiro, um baile funk em uma casa chamada Abatedouro. A personagem, sua situação, e alguns aspectos da sua personalidade ainda não formada podem ser vislumbrados através desta reportagem do jornal Estado de São Paulo [1]:
“O domínio sobre os pais é total: ela os agredia fisicamente…
A mãe tem problemas psiquiátricos; o pai é idoso e tem saúde frágil (teve um AVC que prejudica sua mobilidade)…
Os parentes acompanhavam a rebeldia da menina que saía sozinha desde os 11 anos, frequentava bailes funk, em favelas sem autorização…
Engravidou-se aos 13 anos…
Ela já havia sido atendida, quando criança, no centro de Atendimento Psicossocial da Taquara, zona oeste do Rio.”
Este quadro triste pode ser visto no rosto de muitas crianças do nosso Brasil. Uma família desestruturada provoca tragédias sociais em cascata. Temos o privilégio de conviver com Pastor João Lunardelli, da nossa equipe pastoral, que à frente de uma equipe aguerrida trabalha anonimamente no RASC, com menores rejeitados pelos pais e pela sociedade. Uma luta que parece inglória, mas certamente não para o amaroso coração do Pai.
A participação da Igreja na tragédia social é pífia. A sociedade, por sua vez, se mobiliza quando vem à tona um crime deste naipe, esquecendo-se de que ela faz parte, que também é a mão criminosa na medida que se farta de bens, luxos, futilidades, egoísmos e se esquece de repartir e agir pró-ativamente.
O mal dorme à porta de cada casa, à espera do seu despertar, porque o clima propício para a sua manifestação é criado pelo próprio coração do homem alheio a Deus e à sua Palavra.
Não adianta chorar depois do leite derramado. Todos precisam se despertar: a sociedade em geral e, principalmente, a Igreja.
O mundo não precisa de “glória e aleluia”, show de adoração, “caçadores de Deus”, promotores de prosperidade e de milagres, mas de sal e de luz: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo”.
A vida deve falar mais do que palavras. A Igreja precisa acordar para não viver um evangelho falso, hipócrita, que será vomitado por Deus; para viver um evangelho de humildade, de serviço, amor abnegado, com uma dogmática vivificada pelo Espírito Santo.
Estas são reflexões que devem emergir de um estupro coletivo, ainda sob investigação, que causou imensa comoção social.
O Jornaleiro
[1] http://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de-janeiro,aos-14-vitima-de-estupro-coletivo-foi-apreendida-por-postar-fotos-com-armas,10000054847
Publicado em 1 de junho de 2016
Trata-se de um livro escrito em espanhol, por David Placer, sobre a relação do caudilho venezuelano com a bruxaria, ocultismo e satanismo.
Esta convergência de poderes malignos foi determinante para a crise instaurada no país vizinho.
Segundo alguns depoimentos, grande parte destas correntes foi importada de Cuba.
A primeira informação que obtive a respeito foi através do repórter para assuntos da América Latina, Ariel Palácios, da Globo News. Procurei me atualizar acionando vários comentários sobre o assunto que encontrei disponíveis na internet.
Confesso que fiquei surpreso com pregadores bruxos discursando sobre temas políticos, trazendo orientações espirituais cuja origem todos nós sabemos muito bem.
“La santería es un sistema que combina elementos de distintas ciencias e practicas.”
“Forma parte del llamado sincretismo religioso, que tiene en el vodu haitiano una de sus principales representaciones.”
“Algunas estimaciones aseguran que los seguidores de estos cultos alcanzan el 30% de los casi 28 millones de venezolanos.”
Acrescente-se a esse caldo uma ideologia marxista ultrapassada que desconhece a evolução do comunismo introduzida por Mikail Gorbacherv na Rússia, em 1980, com a perestroika e glanost sem o que seria impossível o processo de globalização.
“Perestroika” significa reformas e “Glanost”, transparência, com abrandamento do poder e da presença de um estado forte, cerceador de liberdades.
Mas mesmo modernizado, o comunismo sempre levantou a bandeira do ateísmo, com sua célebre frase “a religião é o ópio do povo.”
No Brasil, muitas ideias comunistas são plantadas dentro de escolas e faculdades, muitos alunos cristãos sofrem com esse embate.
Sob a desculpa de estado laico, pensamentos marxistas são livremente divulgados.
Temos então a religião ateísta crescendo entre jovens criando um pano de fundo para o surgimento de toda sorte de crendices e superstições que acabam preparando terreno para a bruxaria, satanismo, ocultismo.
Ainda não somos uma Venezuela, e atribuo essa vitória aos sete mil profetas desta nação que ainda não se dobraram a Baal.
No entanto, não podemos fraquejar, “nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra principados, potestades satânicas, dominadores deste mundo tenebroso”.
Jejue para que você possa ser guerreiro do Senhor, lute nas suas orações contra o poder do mal, não permita que ele triunfe na sua vida, lar, igreja, país.
A luta foi deflagrada há muito tempo, e nós hoje representamos o exército de Deus pelejando sem cessar. O mundo em que vivemos não é um lugar para nos entretermos, divertirmos, ou fazer de conta que somos cristãos, mas é campo de batalha.
“Oh Jerusalém, sobre teus muros pus atalaias que de contínuo não se calarão, oh vós que fazeis menção do nome do Senhor não haja silêncio em vós.”
O JORNALEIRO
31/05/2016
Fonte: http://www.bbc.com/mundo/movil/noticias/2011/10/111017_venezuela_religion_
santeria_espiritismo_jp.shtml
Publicado em 17 de maio de 2016
Foi assim que senadores chamaram a assembleia da Câmara dos Deputados que decidiu a favor da admissibilidade do impeachment da senhora presidente Dilma Rousseff.
Confesso que procurei em vão um adjetivo que qualificasse o comportamento dos senhores deputados, tamanha a magnitude do espetáculo deprimente que proporcionaram, ao vivo e a cores, ao povo brasileiro.
Não estamos aqui a discutir o acerto ou desacerto da decisão, mas a forma como se houveram os nossos ilustres representantes.
Sem conseguir abordar toda a parafernália ocorrida na “casa do povo”, destacamos algumas situações, listadas a seguir.
Falta de respeito para com seus pares e o público em geral. Ofensas desmedidas. Brigas como se fossem gangues lutando por território. Aulas de cinismo e de falta de educação. Gritos e assobios, como de torcidas organizadas desafiando-se mutuamente. Desejo de aparecer passando por trás dos oradores que estavam na tribuna, discursando para serem vistos na telinha.
São estes os homens que nos representam? São estes que defendem os altos interesses da nação?
Estamos pobres de homens sábios, discretos, valorosos, idealistas, e devemos nos perguntar onde temos falhado como pais, igreja, escola e sociedade.
Na hora de votar, houve um pastor deputado que votou em nome de Deus. Numa hora dessas tenho vergonha de ser evangélico e de ser pastor, de ser confundido com homens como este.
Quer dizer que Deus estava ali naquela “ópera bufa?”
Deus é PT, PSDB, ou sei lá eu o quê? Devo chamar isto de heresia, ignorância cultural e bíblica?
Um deles homenageou um torturador e outro um terrorista.
Onde erramos?
Em não exortar as famílias cristãs a zelarem pela educação de seus filhos. “Se alguém escandalizar uns desses pequeninos, é melhor que pegue uma corda, amarre-a a uma pedra e se jogue no mar.”
Mas famílias cristãs falham para com os seus filhos não zelando pelo berço da família.
Com exceção de algumas e poucas denominações, os evangélicos não fundam escolas para oferecer ensino cristão e de qualidade às futuras gerações.
Os pastores não confrontam com a Palavra as pessoas que buscam as igrejas.
Não temos ensinado o povo a votar esclarecendo e ministrando o que é política, partidos e Estado; sem, contudo, indicar ou prestigiar este ou aquele político, mas oferecendo cultura e sabedoria para tomarem a decisão correta. (Eu me incluo nisto).
Os profetas pregavam contra as nações. Precisamos pregar contra aqueles que roubam o nosso povo, deseducam nossas crianças, enganam a nossa nação e empobrecem nosso povo.
Acorda Brasil, acorda nação santa, povo escolhido de Deus. Acorda para lutar contra as trevas que estão saqueando nossa pátria.
O JORNALEIRO
17/05/2016
Publicado em 12 de maio de 2016
Título da reportagem publicada pela Veja de 30 de março de 2016, sobre aviões experimentais, de construção amadora com preços baixos, cujos kits são oferecidos por 40.000 dólares, cerca de 145.000,00 reais.
“Por esta razão estes aviões ganham cada vez mais os ares: segundo a ANAC, há 5.158 deles no país, quase um quarto da frota particular.”
No dia 19 de março um avião desse tipo mergulhou sobre uma casa em São Paulo, vitimando Roger Agnelli, ex-presidente da Mineradora Vale.
Vemos com tristeza aeronaves eclesiásticas construídas de forma amadora se espatifando no ar. São igrejas dirigidas por pastores amadores, sem o preparo doutrinário e teológico adequado, com a mente cheia de ideias mirabolantes, sonhando com grandes templos.
Por um tempo conseguem sucesso, mas logo seus sonhos sãos frustrados porque sarar almas é uma arte para poucos.
Não há tarefa mais elevada e digna de honra que o ministério pastoral. Mas ele requer muito tempo de preparo e oração, muito estudo, muita oração e abnegação. É um trabalho intelectual e espiritual; ao mesmo tempo prático e teórico.
Todos os anos, é triste ver um contingente cada vez maior de pastores neófitos, sem a mínima condição de sarar almas, estruturar pensamentos, formar conceitos e valores, e conduzir vidas sob a direção do Espírito Santo de Deus.
Quem se entrega aos cuidados de pastores amadores está fazendo um experimento de risco. Roger Agnelli poderia ter pesquisado e investido um pouco mais, adquirindo uma mercadoria de melhor qualidade e poderia estar vivo até hoje. Mas resolveu adquirir um experimento de risco.
Quantos que sem se preocupar com a qualidade, experiência, segurança dos pastores aos quais se colocam sob autoridade, mergulham no vazio destruindo a si e aos outros?
Igrejas com pastores que não se preocupam com a formação de crianças e jovens não praticam um discipulado sério, nem um aconselhamento de confronto pessoal e de púlpito.
O povo recebe pílulas tranquilizantes, e não antibióticos apropriados às infecções. Estas pílulas tranquilizantes aliviam os sintomas e não atacam as causas.
As igrejas por sua vez não se preocupam em preparar os artesãos da fé para que saibam costurar os meandros da alma com a delicadeza de um pintor, escultor, poeta ou mestre.
Muitos aviões continuarão a cair enquanto construídos de forma amadora, constituindo-se em um experimento de risco.
Uma alternativa para a crise seria que líderes procurassem tanto pastores novos como velhos, anciões com histórico de vida e fidelidade a Cristo, membros da nossa comunidade, para com eles aprendermos. É necessário pedir sempre o “feedback” sincero e honesto, correr das lisonjas, repaginar e repaginar sempre, costurando nossas almas para tecer as das nossas ovelhas com graça, delicadeza e ternura de um artista.
O JORNALEIRO
Publicado em 26 de abril de 2016
Lula foi quem colocou Dilma no palácio da Alvorada. Nos tempos da Bauru antiga havia um prefeito chamado Nicola Avalone. Na época, diziam que bastava ele indicar alguém para prefeito para já ser eleito.
Com Lula foi assim. Bastou trabalhar por Dilma para ela galgar o mais alto cargo executivo da nossa nação.
Uma vez eleita, começou a discordância de Lula e de todo o PT contra Dilma.
Logo após a eleição de 2014, Dilma percebendo que nuvens escuras começavam a surgir, escolheu Joaquim Levy para a área econômica.
PT e Lula não gostaram, queriam um movimento de esquerda na economia e Levy representava um contraponto às ideias petistas.
Esta escaramuça foi fatal porque problemas conjunturais começaram a surgir.
Quando perceberam a necessidade de se unirem já era tarde.
Em qualquer relação, instituição, governo, igreja, uma leve fissura pode comprometer toda a estrutura.
Nós evangélicos estamos cansados de ver isso. A Igreja Evangélica Brasileira é uma colcha de retalhos.
Grupos intitulados igrejas surgem todos os dias. Nosso inimigo sabe que se fossemos unidos seriámos imbatíveis. Por isso, ele semeia divisão em nosso meio.
Se a Igreja Evangélica fosse unida, e com uma visão de contexto, aplicando o evangelho aos desafios enfrentados pelos povos latinos poderíamos ter hospitais, escolas, creches, clínicas médicas a serviço da sofrida população brasileira.
Uma ação desta envergadura, sob a bandeira do Calvário, traria um impacto muito grande em nossa cultura.
Foi fatal para Lula, Dilma e o PT a fissura aberta, bem como tem sido fatal para nós evangélicos nossa desunião.
Falta unidade doutrinária, unidade de ação, unidade de visão, nem unidade existe em Convenções, Sinodos, Associação de Igrejas.
Uma casa dividia contra si mesma não pode subsistir. O cruel de tudo isto é que nem em pequenos núcleos de igrejas locais existe unidade. Cada um se preocupa com si mesmo e não com o todo.
Até quando?
Até que surge uma grande e inevitável perseguição e a necessidade de união seja maior do que os egos e o desejo de servir e glorificar a Deus esteja acima do individualismo exacerbado.
Vamos esperar? Ou vamos, pelo menos no nosso núcleo local, pagar um preço para sermos um só corpo, uma só fé, um só batismo como Deus planejou para todos nós?
O Jornaleiro
Publicado em 13 de abril de 2016
A maior operação da polícia federal que se tem notícia colocou no banco dos réus políticos e empresários poderosos destes país.
Uma das suas investigações feita através de uma escuta telefônica trouxe à luz as trevas ocultas em algumas personalidades de destaque.
Quando as conversas gravadas vieram a público provocaram um estardalhaço midiático e uma série de manifestações no mundo político e jurídico.
É fácil olhar o que está acontecendo com os outros sem se preocupar com o que aconteceria se uma LAVA A JATO passasse pela nossa vida, trazendo à luz nossos mistérios ocultos.
Nossos pensamentos refletidos em um gigantesco telão onde todos poderiam ver nosso lado mais sombrio, todas as palavras por nós faladas às escondidas ouvidas por todo o universo.
Não ficaria pedra sobre pedra.
Os envolvidos em corrupção são intimados coercitivamente a depor, ficam presos temporariamente e depois indeterminadamente.
Todos tremem diante de um nome “juiz Sergio Moro”.
Para Belsazar, Deus disse: Pesado fostes na balança e fostes achado em falta.
Se uma Lava Jato passasse por nós, lendo nossos pensamentos, nossas conversas na internet, nossos diálogos às escondidas, o que seria de nós?
Com toda honestidade deveríamos perguntar: “Quem tem medo da Lava Jato?”
Se todos nós devemos temer, como enfrentar o julgamento de Deus?
Na minha juventude li um folheto que dizia “O QUE DEUS PENSA DE VOCÊ?”
Se todos nós temos a temer com a revelação dos nossos pensamentos e palavras a todos os nossos amigos, o que não dizer do temor que devemos ter com o juízo de Deus sobre nós.
Em Apocalipse, Cristo surge com olhos de fogo e com uma aguda espada afiada de dois gumes em sua boca.
Ele nos olha como chamas de fogo e discerne todos nossos pensamentos com sua aguda espada afiada de dois gumes.
Se nós tememos juízos humanos, muito mais os juízos divinos.
Não nos enganamos; aliás, “sem santidade ninguém verá o Senhor”
O JORNALEIRO
Abril/2016
Publicado em 1 de fevereiro de 2016
O que nos evangélicos ainda há de cristianismo, ou o que sobrou dos evangélicos, ou ainda existe cristianismo nos evangélicos?
Os evangélicos são uma mistura de ortodoxia morta, carismas sem amor, separatismo perverso, intolerância com todos os demais segmentos religiosos.
Será que estou exagerando?
Ortodoxia morta é crer numa verdade doutrinária seguramente bíblica, mas não praticá-la. Aqueles que vivem esta realidade, apresentam certos costumes religiosos, como frequentar semanalmente os cultos públicos, ofertar os dízimos, mas vivem intensamente a doutrina do mundo, de modo que na prática não evidenciam nenhuma diferença em relação aos descrentes.
A Bíblia diz que todos aqueles que querem viver piamente o evangelho de Cristo hão de sofrer alguma espécie de discriminação e até mesmo perseguição. No entanto, para não sofrerem alguma espécie de perseguição, dizem amém para tudo.
Quando numa roda de habituais amantes de cerveja, são contestados : “crente não pode beber” – respondem – “não é bem assim, crente não pode é embriagar-se”. Acontece que ele está com pessoas que se embriagam, que são imoderados. Dentro deste contexto, a resposta correta deve ser – “sim, crente não pode beber, porque, invariavelmente a bebida conduz a imoderação”.
Outro exemplo de ortodoxia morta: a Bíblia diz que sem santidade ninguém verá o Senhor. Mas quantos oram, estudam a palavra constantemente, visitam enfermos, testemunham de Cristo?
Pode-se argumentar – “Isto é para pastor”. E o seu ministério pessoal, e sua vida como participante do “sacerdócio real”?
Muito poderia ser dito sobre a ortodoxia morta, mas vamos para os carismáticos sem amor.
O nome que a Bíblia dá aos que vivem uma ortodoxia morta é morno: “Por não ser frio nem quente vomitar-te-ei da minha boca”. Mas o nome que Deus dá aos carismáticos sem amor é falsos profetas.
Muitos dirão naquele dia – “em teu nome expulsamos demônios”, “falamos em línguas”, “tivemos visões” –, mas eles ouvirão a terrível sentença – “Apartai-vos de mim, nunca vos conheci”.
A razão disso é explicada em Coríntios 13: “ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos”, “ainda que desse meu corpo para ser queimado”, “ainda que desse toda minha fortuna aos pobres”, sem amor tudo isto seria nada.
Uma pessoa realmente cheia do Espírito Santo, não é morna, nem é falso profeta, porque tem o fruto do Espírito que é o amor.
Não amará o mundo, mas fugirá dele, não se preocupará com espetacular (carismas) e não deixará que ninguém o julgue superior, ou que pensem que ele é melhor que os outros.
O verdadeiro profeta não faz marketing do seu dom e nem permite que os outros o endeusem, não se preocupa em ser apostolo, patriarca ou querubim ungido, procura se esconder das multidões para não ser aclamado “primus inter pares”, ou seja, “o primeiro entre seus pares”.
Se se quisermos escapar voltemos para simplicidade da Bíblia, a humildade e ternura de Cristo, e para a soberania de Deus.
“Soli Deo Glória”.
O Jornaleiro.
Publicado em 13 de janeiro de 2016
O mundo é uma filosofia de vida que busca a satisfação de todas as paixões, sentimentos e emoções carnais, que são completamente antagônicos à vontade de Deus para o ser humano.
Ao buscar essa satisfação, mais o homem se distancia de Deus. A sensação de vazio só aumenta, levando o ser humano a se entregar cada dia mais ao deus deste século.
O mundo tem um deus, com estratégias bem interessantes e atraentes, com aparência de inocência.
Estas estratégias vão ficando cada dia mais sofisticadas e objetivam alienar o homem de Deus.
As pessoas ainda não convertidas transitam bem dentro deste universo fútil e enganador.
Mas o que dizer de pessoas convertidas que também compartilham desta realidade surreal?
As teias do mundo se estenderam para dentro da igreja de modo que os cristãos já não conseguem definir as fronteiras entre o sagrado e o profano.
O cristão cheio do Espírito irá perceber com clareza quando o mundo o está arrastando para dentro do seu torvelinho.
Perceberá porque o Espírito Santo que mora no seu espírito irá se entristecer e a tristeza do Espírito também trará tristeza para o seu coração.
Acontece que o Espírito Santo não contende eternamente com o homem, chega um momento que Ele para de agir e o cristão perde a noção do que é de Deus e o que é o do mundo.
O cristão, ao resistir ao Espírito reiteradamente, acaba por apagá-lo – “Não apagueis o Espírito” –, ficando a mercê dos ataques do mundo, sem perceber a ação maligna por trás das propostas que lhe são oferecidas.
Vivi, dias atrás, uma experiência interessante. Tinha me dedicado à oração durante todo período da manhã.
Como levanto de madrugada para orar, após o almoço senti sono e para não dormir, fui assistir a um filme na TV, um faroeste muito antigo.
À tarde quando fui novamente orar, percebi um vazio dentro de mim, não conseguia entrar em comunhão com Deus, logo deduzi que o mundo tinha aprontado para mim.
Confessei, e busquei ao Senhor, mas só depois de vários períodos de oração a comunhão voltou.
O termo religião vem do latim “religare”, que significa religar. Nossa missão nesta terra é sermos instrumento de religação, recebemos o ministério da reconciliação.
Como religare se não estamos em comunhão com Deus?
Não quero dizer para você o que é e o que não é do mundo, mas use esta regra. Você está com a alegria de Deus? Percebe a presença de Deus na sua vida? Está cheio do Espírito? Anda no Espírito?
Esta vida espiritual, do homem espiritual, se manifesta assim como o mundo se manifesta em você. O Espírito trazendo alegria, amor e paz. E o mundo, trazendo cada vez mais desilusão, desesperança, insatisfação, irritação.
NÃO AMEIS NO MUNDO NEM O QUE NO MUNDO HÁ.
É bem fácil ver o que há no mundo. É tudo que você está vendo, ou quem sabe amando e fazendo.
Que tal buscar a santidade e fechar a porta do seu coração para o mundo? Você descobrirá certamente um mundo novo, o reino de Deus, e “as coisas que os olhos não viram e os ouvidos não ouviram” virão para você.
O JORNALEIO.