CIRCO DE HORRORES
17 de maio de 2016 / 0 ComentáriosFoi assim que senadores chamaram a assembleia da Câmara dos Deputados que decidiu a favor da admissibilidade do impeachment da senhora presidente Dilma Rousseff.
Confesso que procurei em vão um adjetivo que qualificasse o comportamento dos senhores deputados, tamanha a magnitude do espetáculo deprimente que proporcionaram, ao vivo e a cores, ao povo brasileiro.
Não estamos aqui a discutir o acerto ou desacerto da decisão, mas a forma como se houveram os nossos ilustres representantes.
Sem conseguir abordar toda a parafernália ocorrida na “casa do povo”, destacamos algumas situações, listadas a seguir.
Falta de respeito para com seus pares e o público em geral. Ofensas desmedidas. Brigas como se fossem gangues lutando por território. Aulas de cinismo e de falta de educação. Gritos e assobios, como de torcidas organizadas desafiando-se mutuamente. Desejo de aparecer passando por trás dos oradores que estavam na tribuna, discursando para serem vistos na telinha.
São estes os homens que nos representam? São estes que defendem os altos interesses da nação?
Estamos pobres de homens sábios, discretos, valorosos, idealistas, e devemos nos perguntar onde temos falhado como pais, igreja, escola e sociedade.
Na hora de votar, houve um pastor deputado que votou em nome de Deus. Numa hora dessas tenho vergonha de ser evangélico e de ser pastor, de ser confundido com homens como este.
Quer dizer que Deus estava ali naquela “ópera bufa?”
Deus é PT, PSDB, ou sei lá eu o quê? Devo chamar isto de heresia, ignorância cultural e bíblica?
Um deles homenageou um torturador e outro um terrorista.
Onde erramos?
Em não exortar as famílias cristãs a zelarem pela educação de seus filhos. “Se alguém escandalizar uns desses pequeninos, é melhor que pegue uma corda, amarre-a a uma pedra e se jogue no mar.”
Mas famílias cristãs falham para com os seus filhos não zelando pelo berço da família.
Com exceção de algumas e poucas denominações, os evangélicos não fundam escolas para oferecer ensino cristão e de qualidade às futuras gerações.
Os pastores não confrontam com a Palavra as pessoas que buscam as igrejas.
Não temos ensinado o povo a votar esclarecendo e ministrando o que é política, partidos e Estado; sem, contudo, indicar ou prestigiar este ou aquele político, mas oferecendo cultura e sabedoria para tomarem a decisão correta. (Eu me incluo nisto).
Os profetas pregavam contra as nações. Precisamos pregar contra aqueles que roubam o nosso povo, deseducam nossas crianças, enganam a nossa nação e empobrecem nosso povo.
Acorda Brasil, acorda nação santa, povo escolhido de Deus. Acorda para lutar contra as trevas que estão saqueando nossa pátria.
O JORNALEIRO
17/05/2016
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