Cristo, um herói salvador?
21 de fevereiro de 2014 / 1 ComentárioCristo é diferente de tudo quanto possa existir. Ele não oferece soluções mágicas, isto é, sem um preço a ser pago.
Para segui-lo é preciso renunciar tudo, até pai, irmãos, amigos, se necessário.
Ele não promete facilidades, mas uma cruz. “Se alguém quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me”.
Não há promessas mirabolantes no evangelho, pelo contrário, há um realismo chocante, o cristão tem de enfrentar inimigos terríveis, como a carne (paixões terrenas), o mundo, e o diabo.
Você pode estranhar que eu tenha mencionado o diabo, mas Cristo logo após ser batizado por João no Jordão, e ter jejuado por quarenta dias enfrentou uma ferrenha tentação feita por ele, o diabo, em pessoa.
Pensemos no mundo como o nosso inimigo. O que ele nos oferece? Riquezas, lazer, poder, glória humana, só essas já bastam para se notar que os heróis salvadores oferecem justamente isso.
A Bíblia diz “Não ameis o mundo e nem o que no mundo há”. Não ameis as riquezas, o lazer, o poder, a glória humana.
Cristo chega ao ponto de dizer – “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo.”
Fica claro que as propostas de Cristo, são totalmente diferentes das propostas de um herói salvador, seja ele líder político ou religioso.
Cristo também não se preocupava com popularidade, nem com numero. Após multiplicar pães e alimentar multidões, elas queriam aclamá-lo rei. Ele, então, prega uma mensagem poderosa se apresentando como o pão que desceu dos céus, e quem quisesse ser salvo teria que comer desse pão, isto é, imitá-lo em sua santidade e simplicidade.
A multidão não gostou e se dispersou. Restaram só os discípulos. Ele se volta para eles e diz, “Vocês também não querem ir embora?”
Ao que Pedro responde – “Para quem iremos nós, só Tu tens palavras de vida eterna”.
Nenhuma semelhança, portanto, com os heróis salvadores do nosso tempo, que fazem questão de número e de popularidade, que não combatem o pecado, por que se o fizerem perderão adeptos.
Cristo nunca teve medo de perder adeptos, o compromisso d`Ele era com a verdade. Aliás, a verdade, Bíblia Sagrada, que retrata o próprio Cristo, chamado de Verbo (Palavra), no prólogo de João, é comparada a uma espada de dois gumes, que penetra até a divisão da alma e do espírito.
A verdade deve ferir, porque o homem ao ser atingido por ela, vê quão indigno é, vê que precisa de Deus e cai de joelhos aos pés do Redentor.
O orgulho humano não quer dobrar-se, por isso, no lugar de buscar o caminho, verdade e vida, elege um herói salvador, para ser seu tutor, seu ícone, seu deus, porque vê num apóstolo, profeta, pastor, bispo, deputado ou senador, aquele que vai resolver seus problemas pessoais e materiais, esquecendo-se de que tem uma alma eterna, e que ela sim é que é importante.
“O que adianta ao homem, ganhar o mundo todo e perder a sua alma”, ensinou-nos Jesus.
Cuidado com os heróis salvadores, eles podem ser seguidores de Simão o Mago, um espírito maligno sistematizador de um evangelho mágico, mas isto é história para o próximo artigo.
O jornaleiro.
1 comentário
falando em cruz tomá-la é “colocar-se na posição de um homem condenado a caminho de sua execução.” H.B,Swete