DEMÔNIOS DA PÓS MODERNIDADE
19 de maio de 2015 / 2 ComentáriosTalvez o título não seja o adequado, uma vez que demônios não mudam de cara, nem são tão originais e criativos quanto parecem. Mas nossa concepção a respeito deles é que se torna mais clara na medida em que passamos a pensar melhor o mundo à nossa volta.
A Bíblia nos fala a respeito da mulher que era hemorrágica, tinha gasto em vão todos os seus haveres na procura de uma solução para o seu problema, até Jesus entrar em sua vida, trazendo-lhe a cura.
Lucas relata que ela tinha um espírito de enfermidade. Espíritos malignos atacam pessoas, agem de forma destruidora no mundo. “O inimigo só vem para matar, roubar e destruir”, palavras de Jesus.
Só Deus opera “ex nillo”, os demônios não. Eles precisam de uma base, de um ponto de partida.
O próprio homem é essa base, quando ele dá lugar a ira, paixão, emoção, e a tantos sentimentos, pensamentos impróprios.
Temos um exemplo bíblico, quando Jesus diz para Pedro: “Satanás te usou para cirandar comigo”.
Caminhando neste raciocínio, eu posso ser benção ou maldição para o outro. Posso ser um vaso para honra ou para a desonra, como nos ensina a Palavra.
Ao odiar uma pessoa, não exalo somente um sentimento, mas uma maldição que pode afetar ou não o meu próximo. Isto vai depender da vítima estar bem estruturada na Palavra, ou fragilizada.
No casso do ódio, eu me tornei a base, o ponto de partida da ação maligna. Esse ódio também vai se voltar contra mim produzindo efeitos devastadores que poderão ocorrer em qualquer área da minha vida.
Se tratarmos as antipatias como ódio, podemos ter uma vaga ideia de como o poder maligno vai se alastrando no mundo.
Tiago diz que a nossa língua é um pequeno membro, mas produz grandes incêndios. Estaria ele se referindo só a contendas, brigas, ou a algo mais?
Está fresca em nossa memória o trágico acidente ocorrido com o Airbus A 320-11 da Germanwings, provocado intencionalmente pelo piloto Andreas Lubitz.
A depressão, os problemas emocionais, ou de outra monta, seriam a explicação para um ato que matou 149 pessoas (algumas ainda infantes)?
Há um poder maligno nos ares, procurando por mensageiros, por pessoas que queriam servi-lo.
Sabemos que existe amor, não porque podemos colocá-lo em um laboratório, mas simplesmente porque o percebemos, as ações humanas o atestam. O mesmo se dá com outros sentimentos nobres ou vis.
Não podemos colocar os demônios no laboratório, mas eles estão por aí, nos rodeando, bramando como leão, buscando a quem possam tragar.
Eles se aproveitam das nossas fragilidades, e atuam de forma concomitante, com nossas doenças da alma, transformando-as em doenças do corpo, e em flechas incendiárias contra nosso próximo.
“Tomai o escudo da fé com o qual podereis apagar todos os dados inflamados do maligno.”
“Não deis lugar ao diabo”. Só uma vida bem estruturada na palavra pode ver suas ações e delas fugir. Só uma vida com conhecimento da verdade pode experimentar permanente liberdade e vitória contra o nosso inimigo.
Mas a palavra tem sido trocada, vilipendiada, usada como instrumento de autoajuda, promoção do ego, negociata, mercadoria de troca e barganha.
Só na Rocha encontraremos a graça necessária para vencermos um inimigo tão astuto.
O espaço não nos permite mais, tchau.
O JORNALEIRO.
2 comentários
Parabéns pelo texto e palavras de sabendo Pr. Edson. Abç Walter
Otima mensagem elucidativa para mim neste dia Deus continue dando lhe sabedoria.