IGREJA NÃO É LUGAR PARA CADA UM DAR SUA PRÓPRIA OPINIÃO
15 de setembro de 2020 / 0 ComentáriosDesde meus doze anos sou de Jesus e me dedico à Igreja. Consegui um emprego digno, uma esposa amorosa e fiel e filhos tementes a Deus. Sempre vi pessoas cristãs opinando sobre tudo dentro do corpo de Cristo. Seria essa a atitude correta de um servo de Cristo?
Dizer para pastores e líderes como a igreja deve ser gerida?
A soberba está sempre presente em nossas vidas, mas quando agimos como se só nós temos razão e todos estão errados, ela se agiganta em nossas vidas e corrói a nossa espiritualidade.
Será que estamos preocupados em obedecer à palavra de Deus? A Bíblia diz – “Se me amardes guardareis os meus mandamentos”.
Um mandamento bíblico muito desprezado é “Tendes em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”. Quando obedeço a esse princípio bíblico perco a vontade de discutir, opinar, brigar pelas minhas ideias, porque vejo claramente que o caminho estreito a ser seguido é o da procura do consenso, da união e do amor.
Aprendi a nada decidir sozinho. Se a Bíblia diz “Sede submissos uns aos outros”, devo ouvir meus pares com humildade e, se necessário, muitas vezes mudar de rumo, dando valor ao que eles dizem.
Louvo a Deus pelos amigos que recebi de Deus, como dons de amizade para minha vida e sei que quando estiver em apuros posso recorrer a eles e ouvir sábios conselhos.
São pastores preciosos sérios, com uma vida de grandes serviços no reino de Deus. Não canso de falar das virtudes dos pastores que ocuparam cargos expressivos em nossa denominação e também mantém um ministério abençoado em suas igrejas.
Cabe aqui uma observação: não basta assumir cargos na denominação, mas também pastorear igrejas que são referências para toda nossa convenção.
Não é de igrejas grandes que estou falando, mas de igrejas que crescem com equilíbrio e permanecem fiéis à confissão de fé batista, tal como expressa em 1967 pelos pioneiros de renovação espiritual.
Assim deve ser a vida na igreja, não desprezar os pais da igreja, aqueles que foram mártires e gigantes na fé, e os destaques de vida exemplar dos pioneiros em renovação e também os modelos que temos em nossos dias.
Desprezar essas vozes é perigoso. O mesmo se aplica à igreja local. Agora falo do nosso rebanho. Nossos pastores não são sérios? Nossos líderes não são dedicados? Se não tenho uma vida como a deles, minha dedicação é pífia e minhas mãos não têm nada a oferecer. Então por que ficar a querer dizer o que os outros devem fazer?
Não é de hoje que sofro vendo essa situação. Muitas coisas foram feitas na igreja por perseverança dos nossos pastores. Todas as nossas unidades são exemplos disso. Quantas vezes ouvi que deveria parar com o Gasparini, olhem agora como está com a dedicação do nosso pastor Rafael.
Quantas pessoas acharam que o Mary Dota não daria certo, mas vejo uma grande obra nascendo ali. Não posso me comparar a Moisés, de jeito nenhum, mas o vejo do alto do monte Nebo contemplando a história de Israel, suas lutas e suas vitórias, e a certeza de que a palavra de Deus não volta vazia.
Antes de nos expormos devemos lembrar que na multidão dos conselhos há sabedoria.
Enquanto as carpideiras choram, os mortos ressuscitam.
O Jornaleiro
15/09/2020
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