“Livre Arbítrio”

13 de junho de 2023 / 0 Comentários

Livre arbítrio 1Creio no livre arbítrio, mas não que o homem tenha algum mérito na salvação. A Bíblia é clara a esse respeito: “Pela graça sois salvos”. Como pode existir mérito em mim em fazer esta ou aquela escolha? Sou um ser humano sem pecado por fazer algumas escolhas certas? Ainda que todas fossem certas, ainda assim, eu seria um pobre e miserável pecador, indigno do olhar de Deus.

A soberania de Deus é extremamente valorizada em alguns arraiais evangélicos, mas ela está dentro do que compõe os demais atributos de Deus e uns não devem ser apresentados como mais importantes que os outros. Há um equilíbrio perfeito e santo dentro de Deus e é isto que o torna único. Não posso elevar a ira divina e diminuir o amor, pois Deus não é mais justo do que santo.

Creio, portanto, que Deus é como ele se apresenta em toda Bíblia. Minha fé é simples, de criança. Confio tanto no seu amor em me aceitar como filho, através de Cristo, como na sua soberania em guiar a minha vida e providenciar um plano, todo dele, exclusivamente dele, para minha salvação.

Tudo que Deus é está presente na redenção e tudo que Ele é foi colocado em ação para arrancar-me das trevas e trazer-me para sua maravilhosa luz. A Trindade está envolvida e comprometida com a minha salvação. (Com a sua também).

A minha pequenina mente não chega àquele ponto inescrutável em que Deus disse: vou salvar o Edson. (Coloque seu nome). Só sei que certamente não foi sua soberania a motivação da minha redenção, mas seu amor. Em nenhum lugar da Bíblia há uma frase tão curta e objetiva falando sobre uma virtuose de Deus, como a pronunciada por João: “Deus é amor”.

Não quero saber desta ou daquela corrente religiosa, não quero saber o que eles dizem além do que minha fé de criança diz. Só sei que ele me ama e me salvou. Sei que o amo não porque ele me obriga a amá-lo, mas porque Ele me mostrou quem Ele é. Essa visão me encantou e nada mais quero senão agradá-lo.

A revelação, em seu sentido etimológico, é levantar o véu. Prefiro pensar que Ele levantou o meu véu, abriu os meus olhos para vê-lo. “No livro bendito encontrei palavras de amor e de luz e canto bendito escutei dos anjos saldando a Jesus”.

Por que complicar o que é simples? Lançar sobre as almas dúvidas e um fardo insuportável de doutrinas quando o evangelho é Cristo em nós a esperança da glória? Por que querer saber mais ou menos e deixar de viver a vida com Deus, na doçura da comunhão em espírito com o Cristo vivo?

Os escritos de Paulo, dizia Pedro, eram difíceis de interpretar e os indoutos torciam para sua própria perdição. É indiscutível que eles sejam inspirados, mas nem tudo na Bíblia pode ser explicado pela nossa vã filosofia.

Ninguém consegue explicar tudo, no plano físico e no plano espiritual, mas podemos repetir sempre o que podemos ter certeza absoluta, onde a verdade se apresenta de forma límpida e indiscutível: “Mas eu sei em quem teu crido, estou bem certo que é poderoso para guardar o meu depósito até o dia final.”

Isto lhe basta? Então como o paralitico da porta Formosa, saia pulando e gritando: “Salvo, sou salvo da morte e do inferno, agora e para todo sempre, um filho amado de Deus, em Cristo Jesus”.

Imite o personagem cristão do livro “O Peregrino”, que quando quiseram demovê-lo de seguir a Cristo tapou os ouvidos e saiu correndo na estrada da salvação.

Você também, tape seus ouvidos conservando na mente apenas uma verdade: “a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome”.

Você o recebeu? Então repita comigo: “Eu sou do meu amado e Ele é meu”.

O JORNALEIRO
13.jun.23

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