O HERÓI SALVADOR

20 de fevereiro de 2014 / 0 Comentários

O carisma Interessante um título do articulista da Folha, Fabio Andriguetto – “Desejo de herói salvador não  mudou desde Hitler”, comentando o livro de Laurence Rees, intitulado o “Carisma de Hitler”.

O homem sempre sente uma dependência de alguém que aparece e resolva todas as coisas por ele. A  sociedade como um todo acaba por personificar esse sentimento de dependência e busca por líderes  que consigam catalisar esse anseio popular da solução mágica para todos os infortúnios.

Transfiramos isto para o mundo religioso e vamos notar que a maioria da massa popular que almeja  respostas imediatas para suas mais variadas necessidades acaba criando um mundo de fantasia, de  faz de conta, já que a realidade às vezes é insuportável.

O herói salvador vai aparecer como um comandante político ou religioso. Ambas as figuras são  nefastas e só apresentam soluções mágicas que, infelizmente, são logo abraçadas pelas multidões  crédulas.

Não é preciso citar nomes. Eles estão presentes no mundo mediático, são heróis do mundo político e do mundo religioso.

Seria bom notarmos uma sábia frase popular: “devagar com o andor que o santo é de barro”. As pessoas deixam de ver que quem está atrás da promessa, religiosa ou política, é de barro e acabam vendo o herói salvador como um deus.

A Bíblia diz – “Maldito o homem que confia no homem”.  O homem consciente, principalmente o cristão esclarecido – veja a que ponto chegamos: cristão esclarecido – deve duvidar de toda promessa humana, porque, afinal, nossa confiança repousa unicamente em Deus.

Pessoas podem usar a Bíblia para fazer promessas bíblicas, mas não nos esqueçamos que não vai ser o proclamador da promessa que vai cumpri-la, e sim, o Autor da promessa.

Assim sendo, toda glória deve ser ao Autor e não ao propagador da promessa. Se a promessa vai se cumprir ou não, sempre dependerá de um ato soberano de Deus.

Se tal enunciado é verdadeiro, então, devemos ir direto a fonte, porque a Bíblia nos ensina que nenhum mediador há entre Deus e o Homem, senão Jesus Cristo, o homem.

À medida que se aproxima o aparecimento de um líder mundial previsto nas escrituras, principalmente na carta de Paulo aos Tessalonissenses, o sentimento de um herói salvador aumenta no ideário popular.

Falta apenas uma crise de grandes proporções para que isto se consolide. O cenário está armado e falta apenas um pequenino detalhe. O que acontecerá com multidões de almas crédulas que tem abraçado um evangelho mágico, o evangelho de Simão o mago, que nunca deixou de existir, que vem dos tempos apostólicos?

Elas vão migrar para o culto ao herói salvador, forjado por sentimentos de insatisfação, de sentimentos e desejos não realizados, por sonhos frustrados, de pessoas que nunca encontraram o verdadeiro Cristo – “Se alguém beber da água que eu lhe der, nunca terá sede”. Ele é o fim de todas as insatisfações, porque toda realização se dá naquele que é o Alfa e o Ômega, o principio e o fim.

Mas qual seria a diferença de Cristo para um herói salvador? Não teria sido Ele um herói Salvador?

Aguarde o próximo texto.
Até lá.

O Jornaleiro.

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