ORAR NO MONTE

11 de janeiro de 2020 / 0 Comentários

O Jornaleiro - Edson Quinezi (2) Tenho feito restrições a “orar no monte”. Neste texto procurarei esclarecer a respeito da minha visão sobre este assunto.

“Orar no monte”, “campanhas de jejum e oração”, “movimentos de avivamento” representam picos na vida cristã. As pessoas que buscam estas alternativas vivem momentos de euforia, êxtase, visões, alegrias ou experiências rotuladas de espirituais.

Qualquer movimento de natureza religiosa que ofereça uma solução ou uma benção imediata contraria frontalmente o ensino bíblico.

Cristo disse: “Vinde a mim vós que estais cansados e oprimidos e encontrareis descanso para vossas almas”. Mas o “ir a Cristo” resulta em benção para aquele que permanece em Cristo. “Orar no monte” pode significar “ir a Cristo, mas não permanecer em Cristo”.

As pessoas vão para esses movimentos, mas no seu “day after” continuam suas vidas de desobediência e não apresentam nenhuma mudança.

Os adeptos deste apelo correm um sério perigo uma vez que eles comparecem a esses movimentos e não permanecem em Cristo, não apresentam nenhuma mudança. Significa que não houve uma real operação do Espírito Santo em suas vidas e as experiências que experimentaram é fruto do seu coração enganoso ou de um engodo do nosso inimigo.

Há um livro muito esclarecedor chamado “Guerra contra os santos” de Jessie Pen-Lewis, publicado pela CCC Edições, que fala sobre experiências espirituais manipuladas pelo diabo.

A igreja primitiva caracterizava-se por estar “todos os dias no templo”, “todos os dias em comunhão”, “todos os dias em oração” (Atos 5:42). Eles não passavam dias, semanas, meses alongados de Deus e depois subiam ao monte para orar. A vida deles era de contínua oração e comunhão.

O que estamos querendo dizer é que podemos ir ao monte sim, se permanecemos em Cristo, com uma vida de devocionais, jejum, oração, palavra e comunhão com os irmãos. É impossível que alguém que esteja ligado à videira (João 15) seja enganado pelo seu coração ou pelo inimigo de nossas almas.

Podemos ter momentos abençoados na presença do Senhor de poder e refrigérios, mas como resultado de uma vida de permanente devocional, palavra e oração.

E mesmo permanecendo em Cristo precisamos examinar a nós mesmos para vermos se estamos sendo de glória em glória transformados, como a palavra diz em 2 Coríntios 3:18. Esse é nosso grande teste: a transformação (nosso alvo, nossa santificação, sem a qual ninguém verá a Deus).

É bom vigiarmos constantemente para não sermos enganados por nós mesmos ou por Satanás.

O JORNALEIRO
11/01/2020

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