OS EVANGÉLICOS E O CRISTIANISMO
1 de fevereiro de 2016 / 0 ComentáriosO que nos evangélicos ainda há de cristianismo, ou o que sobrou dos evangélicos, ou ainda existe cristianismo nos evangélicos?
Os evangélicos são uma mistura de ortodoxia morta, carismas sem amor, separatismo perverso, intolerância com todos os demais segmentos religiosos.
Será que estou exagerando?
Ortodoxia morta é crer numa verdade doutrinária seguramente bíblica, mas não praticá-la. Aqueles que vivem esta realidade, apresentam certos costumes religiosos, como frequentar semanalmente os cultos públicos, ofertar os dízimos, mas vivem intensamente a doutrina do mundo, de modo que na prática não evidenciam nenhuma diferença em relação aos descrentes.
A Bíblia diz que todos aqueles que querem viver piamente o evangelho de Cristo hão de sofrer alguma espécie de discriminação e até mesmo perseguição. No entanto, para não sofrerem alguma espécie de perseguição, dizem amém para tudo.
Quando numa roda de habituais amantes de cerveja, são contestados : “crente não pode beber” – respondem – “não é bem assim, crente não pode é embriagar-se”. Acontece que ele está com pessoas que se embriagam, que são imoderados. Dentro deste contexto, a resposta correta deve ser – “sim, crente não pode beber, porque, invariavelmente a bebida conduz a imoderação”.
Outro exemplo de ortodoxia morta: a Bíblia diz que sem santidade ninguém verá o Senhor. Mas quantos oram, estudam a palavra constantemente, visitam enfermos, testemunham de Cristo?
Pode-se argumentar – “Isto é para pastor”. E o seu ministério pessoal, e sua vida como participante do “sacerdócio real”?
Muito poderia ser dito sobre a ortodoxia morta, mas vamos para os carismáticos sem amor.
O nome que a Bíblia dá aos que vivem uma ortodoxia morta é morno: “Por não ser frio nem quente vomitar-te-ei da minha boca”. Mas o nome que Deus dá aos carismáticos sem amor é falsos profetas.
Muitos dirão naquele dia – “em teu nome expulsamos demônios”, “falamos em línguas”, “tivemos visões” –, mas eles ouvirão a terrível sentença – “Apartai-vos de mim, nunca vos conheci”.
A razão disso é explicada em Coríntios 13: “ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos”, “ainda que desse meu corpo para ser queimado”, “ainda que desse toda minha fortuna aos pobres”, sem amor tudo isto seria nada.
Uma pessoa realmente cheia do Espírito Santo, não é morna, nem é falso profeta, porque tem o fruto do Espírito que é o amor.
Não amará o mundo, mas fugirá dele, não se preocupará com espetacular (carismas) e não deixará que ninguém o julgue superior, ou que pensem que ele é melhor que os outros.
O verdadeiro profeta não faz marketing do seu dom e nem permite que os outros o endeusem, não se preocupa em ser apostolo, patriarca ou querubim ungido, procura se esconder das multidões para não ser aclamado “primus inter pares”, ou seja, “o primeiro entre seus pares”.
Se se quisermos escapar voltemos para simplicidade da Bíblia, a humildade e ternura de Cristo, e para a soberania de Deus.
“Soli Deo Glória”.
O Jornaleiro.
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