POLÍTICA

3 de julho de 2017 / 0 Comentários

19720543_651966671664682_693166229_oQuem comigo convive sabe que nunca permiti que políticos subissem ao púlpito da igreja a que sirvo desde minha adolescência (hoje estou com 73 anos). Também nunca aceitei ofertas de nenhum candidato, embora tenham me procurado oferecendo veículos e outras benesses.

Não aprovo, tampouco, que pastores nela se envolvam, a menos que abandonem seu ministério. É triste ver muitos pastores candidatos, enquanto os padres, pelo menos nesta área, são puros.

Mas não acho que o assunto deve deixar de ser debatido na igreja, para orientação dos fiéis.

Para nós que lemos jornais, o ideal é a leitura de pelo menos dois periódicos: Folha de São Paulo e Estadão. É o que recomendo. Estamos mais atualizados e precisamos repartir algumas informações importantes com o nosso rebanho.

Como disponho desta tribuna, valer-me-ei dela.

O momento atual exige bastante reflexão, para não assumir uma postura partidária. Penso que a corrupção que grassa em nosso Brasil precisa ser denunciada também pela igreja. A mídia tem explorado bastante este tema, mas o mundo evangélico tem estado silente.

Não podemos nos omitir, por isso precisamos esclarecer. Primeiro, não podemos ser partidários e devemos ser contra qualquer movimento que vincule nosso voto a um partido, já que, como é notório, todos estão corrompidos.

Precisamos conhecer a vida das pessoas, seu histórico, suas ideias, suas propostas. Não é difícil hoje executar essa tarefa. Precisamos de homens públicos que pensem no povo e não em si mesmos. Ao descobrirmos alguém que tenha esse perfil, é bom que procuremos uma via de comunicação para fazer cobranças e dar feedback de sua atuação.

Definir-se por um partido é problemático, porque via de regra eles acabam traindo os ideais que eles mesmo se comprometeram seguir.

Se eu for só PT, PSDB ou PMDB vou limitar em muito a minha busca por pessoas razoavelmente honestas com os eleitores. Não excluo a possibilidade de termos candidatos cristãos (incluo todos os ramos do cristianismo, sem bairrismos), mas que não sejam pastores.

Precisamos votar conscientemente. Uma das propostas de reforma política que me agrada é o voto distrital, que aproxima bastante o candidato do eleitor.

Uma ação que podemos promover, além do esclarecimento, é debatermos com nossos jovens nomes que vão surgindo como opções no cenário político, sempre se utilizando do material que dispomos para isto – jornais, revistas, reportagens, a mídia em geral –, orientar sem manipular, esclarecer sem dogmatizar.

Apenas iniciamos o debate. Até mais.

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