TEREZINHA, NOSSA IRMÃ

28 de agosto de 2023 / 0 Comentários

Terezinha, nossa irmãEu a conheci quando fui pastorear a igreja de Pirajuí. Eram 14 mulheres e dois homens. Durante todo o tempo em que estive lá ela foi a tesoureira. Vez por outra quis desistir, mas eu a incentivava a continuar e assim, foi se firmando na tarefa de controlar as contas da igreja e muito me ajudou carregando essa responsabilidade.

Seu legado foi de honestidade e amor à obra de Deus. Também deixou uma filha maravilhosa, Andréia, que herdou toda a fibra e coragem de sua mãe. Seus problemas neurológicos durante o final da vida em nada desmerecem tudo o que fez e viveu como serva do Senhor.

Imaginem como era difícil ficar numa igreja pequena, cheia de problemas e com muitas feridas provocadas por divisões e má gestão no trato com as ovelhas. Terezinha, porém, fazia parte de um grupo de quatorze mulheres que não abandonaram o barco, mas mantiveram a chama da fé apostólica acesa.

A igreja de hoje em Pirajuí deve muito a essas corajosas mulheres. Os rostos de cada uma delas continuam presentes em minha memória e em meu coração.

Acompanhei um testemunho vibrante da irmã Terezinha. Ela trabalhava em um setor administrativo da Prefeitura. Um novo prefeito assumiu e resolveu coloca-la para varrer as ruas da cidade. Nossa irmã passou por um longo período de sofrimento e humilhação, mas venceu.

Com o decorrer do tempo houve uma nova mudança na administração municipal e ela retornou a seu lugar de origem.

Morava numa casa de tábuas. Incentivei-a a ter fé, que Deus haveria de lhe dar uma casa melhor. Não muito tempo atrás, ao visitar nossa igreja em Pirajuí, ela insistiu comigo para ir à sua casa.

Era de tijolos, linda, agradável e ela me lembrou do incentivo que lhe dei. Por todos esses detalhes, e mais, pelo esforço que fez para educar sua filha e lutar para que ela tivesse uma posição de honra em sua profissão, temos uma viva demonstração da eficácia da sua fé.

Jamais me esquecerei dela e de sua filha, embora pouco contato tenhamos mantido, em razão de nossos afazeres. Não pude ir a seu velório, mas ela está presente em minha lembrança e em meu coração.

O inimigo ataca ferozmente determinados crentes e sua morte equivale a de um mártir. Assim foi com Terezinha.

A Deus aprouve permitir seu sofrimento inexplicável, mas dentro de Sua sabedoria inescrutável.

Até breve, querida irmã Terezinha!

O JORNALEIRO
28.ago.23

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